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Itaú Unibanco mantém projeção de superávit primário em 0,8% este ano

14:25 | 11/05/2015
O Itaú Unibanco manteve sua projeção de superávit primário neste ano em 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 1,5% em 2016, segundo relatório divulgado pelo Departamento Econômico do banco.

De acordo com os economistas, houve uma contenção nos gastos federais no primeiro trimestre, mas a arrecadação permanece em contração devido à queda na atividade econômica. "O gasto federal recuou 2% em termos reais no primeiro trimestre", dizem os economistas do Itaú Unibanco.

Só em março o gasto recuou 3,1% em termos reais, o que significa, de acordo com os economistas, que o corte vem se intensificando. "Como era de se esperar, as principais quedas ocorreram no investimento (31,7% no acumulado do ano) e no custeio discricionário (0,5%), rubricas caracterizadas por maior flexibilidade no curto prazo", disseram.

Os economistas do Itaú Unibanco avaliam ainda que o cenário de corte de despesas se consolidará ao longo do ano. "Projetamos recuo de 6% do gasto federal em termos reais em 2015. Para efeito de comparação, o gasto federal cresceu 5,2% em termos reais em 2014, 6,4% em 2013, 4,6% em 2012 e 3,5% em 2011", lembraram os economistas ao longo do relatório.

Selic

O Itaú Unibanco espera que a taxa de juro de referência da economia brasileira, a Selic, suba mais 0,25 ponto porcentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho para 13,50% ao ano.

De acordo com os economistas do banco, o Banco Central (BC) vem enfatizando o objetivo de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2016, o que pode demandar um ajuste adicional da política monetária. "Dessa forma, esperamos uma alta adicional de 0,25 ponto porcentual na Selic em junho para 13,50% ao ano", disseram.

Mas, acreditando que o enfraquecimento da atividade econômica levará o Copom a encerrar o ciclo de após a alta de junho, o Itaú Unibanco acredita que a taxa de juros em 2016 recuará para 12% ao ano.

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