Defesa da Jeep considera "grosseiramente excessivo" valor de indenização por morte de criança
A família processou a montadora norte-americana, após uma colisão traseira em 2012, que levou à morte de um menino de 4 anos, dentro de um Grand Cherokee

Advogados da Fiat Chrysler (FCA), que engloba a Jeep, entraram com um recurso nesta quinta-feira, 7, após ser condenada a indenizar uma família em US$ 150 milhões (cerca de R$ 456 milhões) nos Estados Unidos, conforme divulgou a agência Associated Press (AP).
A família processou a montadora norte-americana, após uma colisão traseira em 2012, que levou à morte do menino Remington Walden, de 4 anos, dentro de um Grand Cherokee, modelo 1999. O choque causou uma ruptura no tanque de plástico - com pouca estrutura de proteção - e o veículo pegou fogo.
O júri determinou que a culpa de morte foi 99% da fabricante e de apenas 1% do motorista que provocou o acidente. Por fim, a sentença estabeleceu que a Jeep deveria pagar US$ 120 milhões pela vida do menino, e mais US$ 30 milhões pelo sofrimento causado à ele.
[FOTO2] Além disso, a Justiça considera uma falha da montadora não ter incluído o Grand Cherokee 1999 num recall que convocou 1,56 milhões de unidades por causa do problema em 2013.
Defesa
Os advogados da FCA, por sua vez, pretendem abrandar a decisão, pois afirmam que o valor da indenização neste caso é "grosseiramente excessivo" e que o júri, composto quase que totalmente por mulheres, foi motivado por compaixão e predisposição a condenar a empresa.
"A indenização por sofrimento e dor de US$ 30 milhões é irracional, já que os requerentes admitem que foi no máximo 1 minuto de sofrimento", diz a petição.
A montadora ainda afirma que os modelos da Jeep não ofereciam maiores riscos do que qualquer outro SUV na época e que o maior valor pago por uma indenização do tipo foi de US$ 7 milhões para uma pessoa que permaneceu hospitalizada por meses.
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Redação O POVO Online