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Comércio tem pior Dia das Mães desde 2003

No final de semana do Dia das Mães, as vendas caíram 3,9% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior. As vendas parceladas também apresentaram quedas este ano

12:04 | 11/05/2015
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As vendas realizadas na semana do Dia das Mães caíram pela primeira vez em 13 anos, conforme aponta o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Dia das Mães 2015.  Durante a semana, de 04 a 10 de maio, houve queda nas vendas de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta é a primeira queda que ocorre nesta data comemorativa desde o surgimento deste indicador, em 2003.

No final de semana do Dia das Mães (08 a 10 de maio), as vendas caíram 3,9% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (09 a 11 de maio).

De acordo com os economistas da Serasa Experian, com o bolso mais curto devido à alta da inflação e tendo em vista o elevado custo do crediário bem como a queda dos níveis de confiança dos consumidores, houve, pela primeira vez em treze anos, retração nas vendas durante a data comemorativa do Dia das Mães neste ano. 

 

Vendas Parceladas
Pelo segundo ano consecutivo houve queda nas consultas para vendas a prazo na semana do Dia das Mães. De acordo com o indicador calculado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o volume de vendas parceladas na semana anterior ao último domingo (entre 3 e 9 de maio)  caíram 0,59% em relação aos sete dias que antecederam a mesma data comemorativa no ano passado. O número representa não apenas a segunda retração consecutiva, mas a segunda maior queda em seis anos de série histórica.

O Dia das Mães é a data mais importante para o varejo no primeiro semestre e fica apenas atrás do Natal em volume de vendas a faturamento. Dada a importância que a data representa para o comércio, o resultado negativo deve funcionar como uma prévia para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2015, afirmam os economistas do SPC Brasil.

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado negativo deste ano pode ser atribuído ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros, à inflação elevada e ao enfraquecimento do poder de compra do consumidor brasileiro. "A inflação elevada e o aumento do desemprego, verificados nos últimos meses, têm como consequência imediata a menor disponibilidade de renda das famílias para o consumo. Além disso, a incerteza em relação ao futuro da economia impacta nos compromissos financeiros como o parcelamento de compras.", explica a economista.

Redação O POVO Online
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