Obras podem ser paralisadas no País por falta de recursos, admite ministro
"É notório para todos que, ontem, recebi o recurso... Estou acabando de pagar ainda dezembro e iniciando janeiro. Então, vai haver várias reclamações dos senhores sobre paralisação de obras. Parou, sim! Eu não vim aqui, não há cortina de fumaça, eu não posso esconder o que está acontecendo no Ministério", disse ele.
Rodrigues afirmou que o ministério, juntamente ao Dnit e a Valec, tem sido cobrado pelas construtoras sobre o cronograma de pagamento do governo e o que será pago. Ele disse que vai se reunir com os empreiteiros quando souber e tiver um cronograma para saber como tocará as obras.
"Assusta receber um telefonema falando: 'Ou você me paga hoje - e eu não tenho - ou vai parar a obra tal'", afirmou, ressaltando que tem recebido telefonemas e visitas nos últimos quatro meses.
O ministro disse que espera o aporte, previsto para o ano de 2015, de R$ 13,6 bilhões em investimentos para começar a discutir as prioridades da área. Ele afirmou que, até o início do mês, terá uma previsão da equipe econômica de quanto a pasta que comanda terá para usar.
Rodrigues e os senadores defenderam a necessidade de sensibilizar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para liberar recursos para o setor. O governo tem feito um forte ajuste fiscal este ano, segurando despesas. O ministro pediu aos senadores desculpas por não poder afirmar, até o momento, quais são as prioridades.