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Inflação em SP dobra na passagem de agosto para setembro

12:52 | 08/10/2012
O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), atingiu em setembro uma taxa de 0,42%, contra 0,20% em agosto.

Junto com o vilão da inflação dos últimos meses na cidade de São Paulo, que são os preços dos alimentos, o grupo Habitação também pressionou o ICV de setembro, segundo o Dieese. A alta de 1,05% de Alimentação (de 0,64% em agosto) e de 0,24% de Habitação (ante -0,07%) contribuiu com 0,37 ponto porcentual do índice cheio em setembro.

A alta dos custos do grupo Habitação, ressaltou a entidade, foi provocada principalmente pelo aumento na tarifa de água e esgoto (5,19%), reajustada a partir da segunda quinzena de setembro.

A pesquisa mostra que os gastos dos paulistanos com alimentos ficaram mais altos em todos os subgrupos apurados em setembro: in natura e semielaborados (1,31%), produtos da indústria alimentícia (1,08%) e alimentação fora do domicílio (0,44%).

A maior variação foi registrada no item raízes e tubérculos (8,99%), com destaque para a alta expressiva de 17,78% no preço da batata e de 5,12% da cebola. Em seguida, ficou a categoria aves e ovos (4,33%). Na sequência, grãos subiram 3,12%, apesar da deflação de 3,53% no preço do feijão, compensada pelo aumento significativo do arroz (7,47%) no mês passado. O Dieese constatou que tanto as carnes bovinas (1,56%) quanto as suínas (2,30%) avançaram em setembro, o que impulsionou o item carnes (1,60%). As únicas categorias que tiveram deflação foram os legumes (-4,10%) e hortaliças (-4,14%).

Os demais conjuntos de despesas tiveram taxas ou variações pequenas no mês passado. O grupo Saúde ficou em 0,09%, após alta de 0,16% em agosto. Os preços em Transportes ficaram com taxa positiva de 0,06%, depois de estabilidade anteriormente. Já Vestuário ficou em 0,05%, de queda de 0,16% em agosto. O grupo Equipamentos domésticos caiu 0,20% (de -0,15%).

ICV é maior para os paulistanos de menor renda

A inflação para os paulistanos de menor renda voltou a ser mais significativa do que a da renda média e também foi superior à verificada para a população de maior renda em setembro. De acordo com o Dieese, o índice específico para os mais pobres ficou em 0,57%; em 0,51% para a população de renda média; e em 0,35% para os mais ricos.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

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