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Bolsas de NY fecham perto da estabilidade

18:05 | 12/10/2012
As bolsas de Nova York fecharam perto da estabilidade nesta sexta-feira, com os receios com a temporada de balanços corporativos ofuscando uma melhora na confiança do consumidor dos EUA. Além disso, os temores com a crise da dívida na zona do euro e a expectativa antes da divulgação da diversos indicadores da China nos próximos dias mantiveram os investidores cautelosos.

O índice Dow Jones ganhou 2,46 pontos (0,02%), fechando a 13.328,85 pontos. Na semana, entretanto, houve queda de 2,07%. Já o Nasdaq recuou 5,30 pontos (0,17%), fechando a 3.044,11 pontos. No acumulado da semana, o índice recuou 2,94%. E o S&P 500 perdeu 4,25 pontos (0,30%) hoje, fechando a 1.428,59 pontos. No resultado semanal, o índice teve retração de 2,21%.

Hoje o banco Wells Fargo divulgou seu balanço do terceiro trimestre. O lucro avançou 22% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 4,94 bilhões (US$ 0,88 por ação), e a receita cresceu 8,1%, para US$ 21,21 bilhões. O lucro superou um pouco a previsão dos analistas, de US$ 0,87 por ação, mas a receita ficou aquém do esperado, de US$ 21,47 bilhões.

Já o JPMorgan divulgou aumento de 34% no lucro, para US$ 5,7 bilhões (US$ 1,40 por ação) no terceiro trimestre deste ano. A receita totalizou US$ 25,9 bilhões, um crescimento de 6% na comparação com o ano anterior. Os analistas previam lucro de US$ 1,24 por ação e receita de US$ 24,53 bilhões.

"O mercado está preocupado com as margens dos bancos no futuro. O que nós vimos como itens fortes nos balanços do Wells Fargo e do JPMorgan foram negociação com renda fixa e benefícios auxiliares, que não devem durar muito tempo", comenta Jeff Morris, diretor para ações dos EUA da Standard Life Investments. "O mercado estava precificado de maneira muito otimista, não estava refletindo o verdadeiro estado do mundo no momento", acrescenta Peter Andersen, da Congress Asset Management, se referindo à queda das bolsas americanas nesta semana.

Entre os indicadores, o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 83,1 na leitura preliminar de outubro, de 78,3 em setembro. É o maior nível em cinco anos. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma leitura de 78,0.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 1,1% em setembro, na comparação com agosto, segundo informou o Departamento do Trabalho. Esse foi o segundo avanço consecutivo e ficou acima da previsão dos economistas ouvidos pela Dow Jones, de alta de 0,8%. O núcleo do PPI, que exclui os preços voláteis da energia e dos alimentos, ficou estável em setembro, vindo abaixo da previsão de uma alta de 0,2%.

Na Europa, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, disse hoje que a produção industrial da região em agosto subiu 0,6% ante julho, mas recuou 2,9% ante agosto do ano passado. Os resultados vieram bem acima das expectativas. Economistas consultados pela Dow Jones haviam previsto quedas de 0,4% e 4,1% nas comparações mensal e anual, respectivamente.

Mas os temores com a crise da dívida na zona do euro continuam preocupando os investidores, principalmente a situação da Espanha, que ainda hesita em pedir ajuda internacional. Hoje a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse que o aparente atraso no pedido de ajuda da Espanha e na implementação do novo programa de compras de bônus do Banco Central Europeu (BCE) prejudicam a credibilidade do plano de combate à crise na zona do euro.

Os investidores também preferiram manter a cautela antes da divulgação de diversos dados sobre a economia da China. No sábado (horário local) saem os dados da balança comercial, enquanto os números da inflação serão divulgados na segunda-feira. Na próxima quinta-feira será divulgado o PIB da China no terceiro trimestre.

O setor financeiro teve o pior desempenho hoje em Wall Street. As ações do Wells Fargo perderam 2,64% e o JPMorgan recuou 1,14%, puxando outros bancos para o vermelho (Citigroup -2,17%, Goldman Sachs -1,47%, Morgan Stanley -3,08% e Bank of America -2,36%). As informações são da Dow Jones.

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