Greve de auditores paralisa indústrias de Manaus
Os auditores fiscais estão checando com rigor todas as cargas que "caem" nos canais amarelo e vermelho de exportação e importação. Normalmente, os produtos passam por checagem de documentação, mas nem sempre pela conferência física da carga. Com isso, o tempo médio para liberação das mercadorias passou de um para quatro ou cinco dias, chegando em alguns casos a demorar até mais, principalmente nos portos.
A operação padrão afeta diretamente as atividades do polo industrial de Manaus, já que praticamente toda a sua produção depende da importação de insumos. "Pelo menos 10% de todo processo de importação tem dado canal vermelho e amarelo, e o tempo de inspeção está sendo realmente muito longo", diz Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam).
A consequência, segundo ele, é que algumas empresas chegam a ficar com linhas de produção paradas por até quatro dias, devido à falta de insumos. "O setor eletroeletrônico não tem mais estoque e depende da liberação de componente pelos auditores fiscais", explica o executivo. Até agora, o governo não fez nenhuma proposta aos auditores fiscais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.