Abit afirma que câmbio anula defesas do setor têxtil
"Estamos vendo uma destruição das barreiras de defesa comercial legítimas", afirmou, durante palestra no seminário "Os Impactos do Câmbio sobre o Comércio Internacional", na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Neste cenário, o dirigente elogiou a postura do Brasil em levar a questão do câmbio para discussão na OMC.
Pimentel citou que a balança comercial do setor teve o último superávit em 2005. Desde então, só registra déficit. Em 2011, houve déficit de US$ 4,7 bilhões e a previsão para 2012 é de déficit de US$ 5,6 bilhões. O dirigente disse que a taxa de R$ 2/dólar para o câmbio ainda não é confortável. Para isso, afirmou, ela teria que chegar a um patamar entre R$ 2,60 e R$ 2,70. "A taxa atual não é confortável, e, sim, melhor que o R$ 1,60 verificado a alguns meses."
O dirigente disse que os benefícios fiscais concedidos no Plano Brasil Maior para a indústria nacional - entre eles a desoneração da folha de pagamentos em troca de um porcentual de 1% a 2% sobre o faturamento - estão na direção certa, mas são insuficientes para compensar a perda de competitividade dos empresários brasileiros por conta de câmbio, infraestrutura precária e alta carga tributária. "Foi uma medida importante, mas a encrenca é maior que isso", disse.