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Infraero quer aeroportos em áreas com maior demanda

15:00 | 01/03/2012
O presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, afirmou hoje que, depois da privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas (Viracopos) e Brasília, é necessário discutir a realização de novas estruturas aeroportuárias em cidades que contam com forte demanda. Na saída da audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, Vale citou como exemplo Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP) como capitais em que, nos próximos dez anos, deverão ser construídas novas pistas nos aeroportos já existentes ou erguer novos aeroportos.

Já neste semestre, segundo Vale, o governo vai decidir o que fazer com a capital gaúcha. O Exército finaliza este mês um estudo para saber a viabilidade econômica de se fazer uma nova pista no Aeroporto Salgado Filho. Além das recorrentes dificuldades climáticas, o maior problema lá, segundo o presidente da Infraero, é que o aeroporto não comporta o recebimento de aviões de carga. O aeroporto conta com uma capacidade de operação de 12 milhões de passageiros ao ano, embora passem por lá apenas 7,8 milhões de passageiros. Com a nova pista, se esta for a decisão, a capacidade subirá para 17,8 milhões.

Vale defendeu para o aeroporto um modelo de concessão que misture o projeto do Aeroporto de São Miguel do Amarante (RN), o primeiro a ser repassado para a iniciativa privada no País, e as três concessões realizadas no mês passado pelo governo.

Contudo, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, limitou-se a dizer que o governo estuda quais serão os aeroportos que poderão ser privatizados futuramente. "Isso (novas concessões) é uma coisa que está sendo discutido dentro do governo. Assim que tiver novidades, nós comunicaremos", afirmou.

Bittencourt disse apenas que os recursos que a União vai receber das três concessões deste ano, cerca de R$ 1 bilhão, serão utilizados de forma prioritária para melhorar a aviação regional do País. A ideia é, com esses recursos, aumentar de 130 para 200 o número de aeroportos que recebem voos regulares. O País conta com 720 aeródromos públicos.

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