Infraero quer aeroportos em áreas com maior demanda
Já neste semestre, segundo Vale, o governo vai decidir o que fazer com a capital gaúcha. O Exército finaliza este mês um estudo para saber a viabilidade econômica de se fazer uma nova pista no Aeroporto Salgado Filho. Além das recorrentes dificuldades climáticas, o maior problema lá, segundo o presidente da Infraero, é que o aeroporto não comporta o recebimento de aviões de carga. O aeroporto conta com uma capacidade de operação de 12 milhões de passageiros ao ano, embora passem por lá apenas 7,8 milhões de passageiros. Com a nova pista, se esta for a decisão, a capacidade subirá para 17,8 milhões.
Vale defendeu para o aeroporto um modelo de concessão que misture o projeto do Aeroporto de São Miguel do Amarante (RN), o primeiro a ser repassado para a iniciativa privada no País, e as três concessões realizadas no mês passado pelo governo.
Contudo, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, limitou-se a dizer que o governo estuda quais serão os aeroportos que poderão ser privatizados futuramente. "Isso (novas concessões) é uma coisa que está sendo discutido dentro do governo. Assim que tiver novidades, nós comunicaremos", afirmou.
Bittencourt disse apenas que os recursos que a União vai receber das três concessões deste ano, cerca de R$ 1 bilhão, serão utilizados de forma prioritária para melhorar a aviação regional do País. A ideia é, com esses recursos, aumentar de 130 para 200 o número de aeroportos que recebem voos regulares. O País conta com 720 aeródromos públicos.