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IIF: Reestruturação da dívida grega é essencial para UE

Na quinta-feira, ministros de finanças da zona do euro deram sinal verde para o novo acordo de empréstimo para a Grécia, com objetivo de cobrir suas necessidades de financiamento até 2014

16:34 | 04/03/2012

O plano de reestruturação da dívida da Grécia é um passo essencial na resolução da crise da dívida europeia, afirmou hoje o Instituto Internacional de Finanças (IIF), em comunicado. O grupo de lobby do setor bancário internacional viu com bons olhos a decisão de parceiros europeus da Grécia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) de conceder um novo empréstimo de 130 bilhões de euros aos gregos.

O comunicado do IIF vem à tona três dias depois que ministros de finanças da zona do euro aprovaram o novo empréstimo, em reunião realizada em Bruxelas. "O conselho de diretores do Instituto Internacional de Finanças apoia fortemente os recentes acordos entre Grécia, autoridades da área do euro e o Fundo Monetário Internacional sobre um novo ajuste e um programa de financiamento para a Grécia, incluindo o entendimento comum nos termos de uma troca voluntária dos títulos do governo grego detidos pelo setor privado", afirmou.

"A decisão de participar de uma troca de dívida está exclusivamente com investidores individuais. O conselho do IIF mantém firmemente a visão de que o sucesso na conclusão da troca vai contribuir significativamente para facilitar o financiamento oficial para a Grécia e ajudar a Grécia a conduzir as reformas necessárias para estabelecer as bases da recuperação econômica", acrescentou o comunicado. "Estes são passos importantes para resolver a crise da dívida grega, atendendo aos problemas fiscais de dívida soberana na área do euro e restaurando a estabilidade financeira, que é essencial para impulsionar o crescimento econômico e a criação de empregos", completou.

Na quinta-feira, ministros de finanças da zona do euro deram sinal verde para o novo acordo de empréstimo para a Grécia, com objetivo de cobrir suas necessidades de financiamento até 2014. A aprovação ocorreu apenas uma semana depois que a Grécia adotou formalmente o plano para eliminar mais de 100 bilhões de euros em dívida junto a credores do setor privado - a maior reestruturação com o setor privado na história.

Falando na televisão na noite de ontem, o diretor-gerente do IIF, Charles Dallara, expressou otimismo ao dizer que a redução da dívida grega poderia encontrar forte interesse dos credores do setor privado. "Podemos sentir em nossas discussões com investidores que o momento é construtivo", afirmou Dallara no canal ANT1. "Estou bastante otimista de que os níveis de participação do setor privado serão bastante elevados", afirmou, acrescentando que a troca da dívida representa um "acordo justo". A Grécia pretende obter 90% de participação na troca voluntária da dívida, mas estabeleceu 75% como um patamar mínimo para que o acordo avance. As informações são da Dow Jones.

 

Agência Estado

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