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Cresce a confiança das pequenas e médias empresas

O IC-PMN varia em uma escala de zero a 100 pontos, sendo a graduação de 50 pontos a linha divisória entre otimismo e pessimismo dos empresários

14:21 | 28/03/2012
A percepção de que ocorre uma melhora na economia contribuiu para o crescimento de 2,4% no Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) referente ao segundo trimestre deste ano. Calculado pelo Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa e pelo Banco Santander, o indicador divulgado nesta quarta-feira atingiu 75 pontos ante a marca de 73,3 pontos registrados no período de janeiro a março. Trata-se do maior valor anotado para um segundo trimestre desde o lançamento do índice em novembro de 2008.

O IC-PMN varia em uma escala de zero a 100 pontos, sendo a graduação de 50 pontos a linha divisória entre otimismo e pessimismo dos empresários. O levantamento foi realizado de 1º a 5 de março e ouviu um universo de 1,2 mil empresários de todo o País dos setores da indústria, comércio e serviços. Eles responderam questões relativas a expectativas para seis temas: economia, ramo de atividade, faturamento, lucro, empregados e investimentos.

 

A confiança na economia cresceu 3,7%, passando de 71,6 pontos no primeiro trimestre para 74,3 pontos no segundo. O IC-PMN também registrou melhora nas perspectivas em relação ao ramo de atividade e ao faturamento de 3,6% e 3,7%, respectivamente. A única queda, de 0,15%, de 68,2 pontos no primeiro trimestre para 68,1 pontos na pesquisa mais recente foi registrada no item empregados.

 

"Melhorou a percepção do empresário em relação à economia como um todo. Para eles, o pior já passou, o Banco Central está reduzindo os juros, a renda do trabalhador continua crescendo e menos notícias ruins estão vindo lá de fora", avalia o professor do Insper, José Luiz Rossi, em teleconferência.

 

Por ramo de atividade, o maior otimismo em relação ao segundo trimestre é o setor de serviços cuja confiança cresceu 2,8%, subindo a 75,6 pontos de 73,5 pontos no levantamento anterior. A confiança do comércio passou de 73,1 pontos no primeiro trimestre para 74,6 pontos no segundo trimestre e a confiança da indústria avançou 2,6% de 73,4 pontos para 75,3 pontos.

 

"Essa foi a primeira pesquisa realizada após a implementação do novo regime de tributação do Super Simples. Acreditamos que o novo regime possa ter efeito positivo no otimismo do pequeno e médio empresário e que isso já tenha impactado as percepções", diz superintendente no segmento de Pequenas e Médias Empresas do Santander Brasil, Cézar Fischer.

 

De acordo com o levantamento, a região Centro-Oeste foi a que apresentou o maior crescimento da confiança, saltando 5,3% e passando de 72,6 pontos no primeiro trimestre para 76,4 pontos no segundo trimestre. Os empresários do Nordeste foram os que apresentaram o menor índice de crescimento de confiança no segundo trimestre, com o IC-PMN nordestino subindo de 73,5 pontos para 74,8 pontos. No Norte, o crescimento foi de 4,1% e no Sudeste a elevação foi de 1,8%. Já no Sul, a confiança avançou para 74,7 pontos de 72,3.

 

O aumento da confiança dos pequenos e médios empresários em relação ao segundo trimestre foi bem recebido pelo diretor-executivo de Pequenas e Médias Empresas do Santander Brasil, Marcelo Malanga. De acordo com ele, IC-PMN "sem sombra de dúvidas dá norte de como direcionar as nossas ações estratégicas no que se trata de empreendedorismo dentro do banco."

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