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Brics adotam ferramentas para facilitar o comércio em moeda local

acordos firmados na IV Reunião do Brics, na capital indiana, terão uma vigência de cinco anos

16:41 | 29/03/2012
Os presidentes dos Bancos de Desenvolvimento dos cinco países que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) firmaram nesta quinta-feira, 29, em Nova Délhi, dois acordos que facilitarão a relações econômicas entre as potências emergentes em suas próprias moedas.

Um deles, o Master Agreement, estabelece os princípios gerais para a concessão de linhas de crédito em moeda local e o Letter of Credit Agreement (Acordo de Letras de Crédito) define as regras para a confirmação de letras de crédito nas operações de exportação entre os cinco países.

Os acordos firmados na IV Reunião do Brics, na capital indiana, na qual participaram presidentes das cinco potências, terão uma vigência de cinco anos.

O documento foi firmado pelos bancos de desenvolvimento de Brasil (BNDES), China (CDB), Rússia (Vnesheconombank), Índia (Eximbank) e África do Sul (DBSA).

A partir de agora e uma vez que os tenham acordado entre si de maneira bilateral, as cinco instituições firmantes poderão conceder créditos em moeda local com a finalidade de ampliar a cooperação financeira, a expansão do intercâmbio comercial e os investimentos entre os países do bloco.

"O acordo reduzirá os riscos cambiais para as empresas em suas operações internacionais", afirmou o banco brasileiro através de um comunicado.

Quanto aos créditos às exportações, o acordo determina as condições para a adoção de mecanismos que possibilitem a confirmação de letras de crédito em operações de exportação.

Isso implica que as instituições participantes podem estabelecer acordos bilaterais para que se comprometam a garantir as letras de crédito emitidas por bancos comerciais do país importador. Em troca, a outra parte garantirá ou indenizará o banco garantidor.

As economias emergentes dos Brics têm tentado estreitar suas relações políticas e econômicas nos últimos anos e como consequência,seus bancos de desenvolvimento têm feito o mesmo também, firmado quatro acordos e memorandos de entendimento.
AFP

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