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Ricardo Ruiz é reconduzido ao Cade por mais 2 anos

16:06 | 23/02/2012
O economista Ricardo Ruiz foi reconduzido hoje oficialmente como membro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por mais dois anos. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira por meio de um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff.

Principal negociador do órgão antitruste com a BRF Brasil Foods no caso da fusão entre Sadia e Perdigão, Ruiz teve de esperar para que seu nome fosse aprovado mais uma vez pelos senadores. Ele recebeu 12 votos contrários e 43 a favor no último dia 8 de fevereiro, depois de ter a apreciação do seu nome suspensa no final do ano passado, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Na ocasião, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) questionou informações contidas no currículo do conselheiro, que também é pesquisador e professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Demóstenes ameaçou pedir investigação ao Ministério Público num primeiro momento, mas não estava presente quando o nome de Ruiz foi levado mais uma vez à comissão. O sabatinado alegou que o pró-labore que recebe da universidade não é salário e que tampouco a universidade exigia dedicação exclusiva.

A demora na reintegração de Ruiz aos quadros do Cade colocou a análise do processo de fusão entre os frigoríficos JBS e Bertin em suspensão por falta de quórum. Para realizar julgamentos, o plenário do órgão antitruste precisa contar com pelo menos cinco dos sete membros. Sem contar com o economista, há hoje seis membros no Cade - o lugar do presidente está sendo ocupado interinamente por Olavo Chinaglia - e o conselheiro Elvino Mendonça se considerou impedido nesse caso dos frigoríficos.

Além da BRF, Ruiz também é o negociador no Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro) fechado entre as companhias aéreas Gol e Webjet com o órgão antitruste. Posição semelhante ele tem no processo envolvendo a compra dos laboratórios Dasa pela MD1 - Amil.

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