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Picchetti prevê IPC-S em torno de 0,30% no fim do mês

20:02 | 23/02/2012
A queda do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) vista nas últimas quadrissemanas dá sinais de esgotamento e a tendência de estabilidade da inflação vai prevalecendo. A avaliação foi feita hoje pelo coordenador do IPC-S e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, para quem o fechamento do IPC-S no mês em torno da marca de 0,30% "é uma boa estimativa". Na semana passada, Picchetti afirmara que sua expectativa inicial de 0,40% para o indicador no encerramento de fevereiro não se concretizaria, mas não chegou a especificar qual era a nova taxa esperada.

A FGV informou nesta quinta-feira que o IPC-S da terceira quadrissemana de fevereiro ficou em 0,27%, ante 0,30% na quadrissemana anterior. Como a mudança foi bem pequena, o coordenador do índice considerou a variação como estabilidade. "A desaceleração do índice está perdendo força rapidamente. Da mesma forma que em janeiro não tinha nenhum fator objetivo para explicar aquele número perto de 1%, agora também não tem nada para justificar um número perto de zero, ou mesmo abaixo disso, como tendência", observou. Picchetti lembra que o IPC-S fechou janeiro em 0,81%, caiu praticamente pela metade, para 0,46% na primeira quadrissemana de fevereiro, e bem menos na segunda, para 0,30%, ficando agora "praticamente estável", em 0,27%.

"Isso apesar dos grupos Alimentação e Educação, o que significa que os outros não estão com um comportamento tão de queda assim", ponderou. Alimentação saiu de 0,02% para -0,09% da segunda para a terceira quadrissemana, enquanto Educação desacelerou a alta de 1,69% para 1,01% em igual período.

O pesquisador comenta, por exemplo, que o recuo de Vestuário já está menor (-0,42% para -0,14%), enquanto Transportes mostra leve pressão de alta, de 0,28% para 0,30%. "Habitação também já tem tendência de ficar estável", disse sobre o grupo, cuja alta passou de 0,28% para 0,31%.

"A mensagem correta é: da semana passada para cá não teve nada muito significativo além de Cursos Formais e Hortaliças e Legumes. O resto está razoavelmente estável, e se vê isso na abertura dos grupos, o que significa que esse ritmo de queda das primeiras semanas não deve continuar", resumiu Picchetti. Cursos Formais subiram 1,98% na terceira quadrissemana, de 3,21% na medição anterior, e Hortaliças e Legumes caíram 2,75%, ante alta de 0,66% na segunda quadrissemana.

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