A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) trabalha com uma expectativa de que a inflação em São Paulo diminua em fevereiro na comparação com janeiro, quando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou taxa de 0,66%. De acordo com o instituto, o indicador deverá registrar taxa de 0,53% no segundo mês de 2012. A previsão foi divulgada nesta quinta-feira pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Antonio Evaldo Comune, que é ex-coordenador do índice e substituiu hoje excepcionalmente o coordenador atual, Rafael Costa Lima, em entrevista coletiva à imprensa.

De acordo com a Fipe, a grande diferença entre janeiro e fevereiro será o comportamento do grupo Educação, que no primeiro mês do ano subiu 6,42%, respondeu por 34,84% do IPC e atingiu a alta mais expressiva na capital paulista desde janeiro de 2004 (9,28%). Para fevereiro, com a saída natural dos reajustes de mensalidades vistos no IPC de janeiro, o instituto prevê alta de apenas de 0,22% para o grupo.

Entre as pressões aguardadas para o mês, a Fipe avaliou que o grande destaque será o grupo Habitação, que subiu 0,31% em janeiro e deverá avançar exatamente o dobro (0,62%) em fevereiro. "Quem vai explicar a inflação de fevereiro é Habitação, pelo peso que o grupo possui no IPC", disse Comune, lembrando que Habitação tem a maior participação no cálculo do índice, de 30,95%.

O maior candidato a vilão em fevereiro é o IPTU. A Fipe espera que o IPC capte um aumento de 7,37% neste item, da Habitação, no final do mês. Para a inflação de 2012, o instituto manteve a projeção de uma taxa de 5,30%. "Trabalhamos com um quadro de que a inflação de 2012 será menor do que a de 2011 (+5,81%)", afirmou Comune.