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Confiança da indústria deve ficar estável em fevereiro

16:43 | 23/02/2012
A confiança da indústria nacional deve permanecer estável na passagem de janeiro para fevereiro, assim como o nível de utilização da capacidade instalada, segundo a prévia da Sondagem da Indústria de Transformação, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

O relatório preliminar da pesquisa aponta que o Índice de Confiança na Indústria (ICI) deve fechar fevereiro aos 102,3 pontos, o mesmo patamar alcançado em janeiro. A percepção sobre a situação atual melhorou 0,6% em relação a janeiro, mas a expectativa sobre o futuro se deteriorou na mesma medida (-0,6%).

"Apesar de a indústria se mostrar com estoques ajustados, o Índice de Expectativas aponta que ela está num ritmo morno, se recuperando, mas bem devagarzinho", explicou Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Ibre/FGV.

As medidas de estímulo à economia, como os sucessivos cortes na taxa básica de juros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca, vinham estimulando uma recuperação do Índice de Expectativas desde outubro do ano passado. Por isso, a queda do indicador de 101,7 pontos em janeiro para 101,1 pontos na prévia de fevereiro foi uma surpresa.

"É difícil dizer o que levou a essa deterioração do Índice de Expectativas. Há uma suspeita que seja em relação à percepção do fluxo da demanda externa, que deu uma piorada nos últimos meses e pode ter afetado a indústria exportadora. Mas a percepção da demanda interna continua boa", contou Campelo.

Ainda segundo o levantamento, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) deve ter se mantido em 83,7% em fevereiro, estável em relação a janeiro, o que interrompe o movimento de recuperação iniciado em dezembro.

"O fato de o Nuci ter ficado estável agora pode ser uma espécie de acomodação do salto de 0,3 pontos porcentuais que deu em janeiro. Não ter piorado já é uma coisa boa", ponderou Campelo.

A prévia do estudo divulgado pelo Ibre/FGV foi conduzido com cerca de 800 empresas, dois terços da amostra original da sondagem da indústria, em uma tentativa de antecipar com mais precisão o resultado fechado do mês.

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