O número de fortalezenses que pretende ir às compras neste mês de fevereiro ( 47,4%) é maior do que o registrado  em dezembro (39,5%), mês das compras de fim de ano. Os dados são da Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (ICC), realizada mensalmente pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC-CE) – entidade ligada a Fecomércio-CE, em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).

O crescimento da pretensão de compra do consumidor fortalezense acompanha a melhoria do nível de confiança.  Esse crescimento pode estar relacionado ao aumento recente do salário mínimo, no último mês de janeiro, e com a expectativa dos consumidores com as promoções e liquidações no comércio habituais nesse período do ano.

O sexo masculino é o grupo de demonstra maior disposição para o consumo, 48,2% de resposta afirmativa, com idade entre 18 e 24 anos (68,8%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (49,9%).

Entre os produtos mais procurados são os da linha branca: geladeiras e refrigeradores (citados em 16,3% das respostas); Em seguida vem móveis e artigos de decoração (13,6%); máquinas de lavar roupa (11,5%);televisores (11,2%); artigos de vestuário (10,0%) e computadores (10,0%).

A pesquisa também revela que o valor médio das compras deve ser de R$ 554,56, mostrando maior disposição de gastos nos grupos do sexo masculino (R$ 577,90), com idade superior a 35 anos (R$ 568,97) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (R$ 664,42).

Expectativa dos Consumidores

Segundo a pesquisa do  IPDC em fevereiro de 2012 – 80,6%–considera o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis.

O gênero feminino está entre os grupos  que demonstram maior otimismo,  com 81,3% de respostas positivas, do grupo com idade entre 25 e 34 anos (82,7%) e do grupo com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos (87,5%).

A pesquisa mostra ainda que 89,4% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 95,5% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

A expectativa dos consumidores com relação à situação econômica do Brasil indica grande nível de otimismo, com 78,8% dos entrevistados considerando-a ótima ou boa,destacando-se o grande otimismo com o mercado de trabalho e com a percepção do desemprego em queda.

Índice de Confiança do Consumidor

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é uma medida sintética de indicadores da percepção do consumidor quanto à sua situação econômica, composto do Índice da Situação Presente (ISP) e Índice das Expectativas Futuras (IEF). O ICC funciona, portanto, como um indicador do potencial de consumo, baseado na opinião dos próprios consumidores.

O índice varia no intervalo de 0 a 200, sendo o índice 100 a fronteira entre a situação de pessimismo (abaixo desse valor) e otimismo (acima desse valor). O índice zero denotaria a situação de total pessimismo, enquanto 200 pontos indicariam a situação de total otimismo.

Dados de fevereiro mostram um leve ajuste no nível de otimismo

O Índice do Perfil de Confiança do Consumidor no mês de fevereiro de 2012 apresenta valor de 140,4 pontos, resultado inferior ao verificado no último mês de janeiro (141,8 pontos), mostrando um leve ajuste no nível de otimismo, mas ainda em patamar elevado neste início do ano, principalmente quando comparado com fevereiro de 2011 (138,2 pontos). A queda nas expectativas dos consumidores foi afetada principalmente pela redução no Índice de Situação Presente, com queda de 5,0 pontos, atingindo 137,9 pontos. O Índice de Expectativas Futuras manteve a tendência de crescimento, com alta de 0,9 pontos, resultando em 142,0 pontos em fevereiro.