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Número de fusões no Brasil cai 16%, diz Ernst & Young

A justificativa para mais um declínio ainda é, segundo Ricardo Reis, líder de fusões e aquisições da Ernst & Young, reflexo da pausa nas transações por parte dos investidores estrangeiros

12:26 | 30/01/2012
São Paulo - O volume de negócios no mercado brasileiro de M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) permaneceu em queda no quarto trimestre de 2011, ao registrar uma redução de 16% no período perante o mesmo intervalo de 2010, conforme estudo da Ernst & Young Terco. No terceiro trimestre do ano, a queda foi de 14%, na mesma base de comparação.

A justificativa para mais um declínio ainda é, segundo Ricardo Reis, líder de fusões e aquisições da Ernst & Young, reflexo da pausa nas transações por parte dos investidores estrangeiros, que preferiram reavaliar os negócios em vista no Brasil diante da turbulência nos mercados globais.

Com isso, o valor total de transações brasileiras anunciadas apresentou uma retração trimestral de 38%, alcançando o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010. "A queda em valor foi, em parte, potencializada pela queda na quantidade de acordos, mas também é resultado de um declínio trimestral significativo de 26% na média do valor das operações", explica Reis. O valor médio dos acordos para negócios envolvendo o Brasil está em US$ 293 milhões e, conforme o executivo da Ernst & Young, estão levando um tempo maior para serem concluídos.

No mundo, o número de negócios de M&A registrou declínio de 14% no quarto trimestre de 2011 ante os quatro meses anteriores e de 18% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O valor das transações globais sofreu retração de 25% em relação ao trimestre anterior e assim como no mercado brasileiro também está no patamar mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010.

As atividades de M&A sofreram retração em todas as regiões do mundo nos últimos quatro meses de 2011 perante o trimestre anterior, segundo a Ernst & Young. No entanto, o número global de transações foi pressionado para baixo pelo volume de transações visto na Ásia (declínio de apenas 6%) e em países denominados pelo estudo da consultoria como Mena (Oriente Médio, Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Tunísia e Iêmen), cuja queda foi de 9%.

Os líderes de redução no volume de fusões e aquisições na mesma base de comparação foram Europa Central e do Leste (61%) e Oceania (51%). Na análise por setores, a indústria automotiva foi a única que conseguiu apresentar elevação no valor das negociações, de 6%, e na quantidade de negócios, que registrou alta de 11% no quarto trimestre. Na outra ponta, as áreas com pior desempenho foram gestão de recursos (-56%), bancos (-50%), consumo (-41%) e telecomunicações (-74%).

Agência Estado

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