Asteroide 2025 TF passa a menos de 500 quilômetros da superfície da Terra
Evento é corriqueiro e aconteceu no começo deste mês. Entenda quais os efeitos para o planeta Terra
18:00 | Out. 11, 2025
O asteroide 2025 TF surpreendeu as agências espaciais após sobrevoar a Antártica na madrugada do último dia 1º de outubro a uma curta distância do planeta Terra.
O objeto foi descoberto pelo Catalina Sky Survey (CSS), projeto da Universidade do Arizona; Além de ser sido observado pelo Escritório de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) horas depois da passagem.
Entenda mais sobre o asteroide 2025 TF e como sua passagem interfere na segurança da Terra.
Qual é a forma do asteroide 2025 TF, que sobrevoou a Terra?
O asteroide 2025 TF tem de um a três metros de diâmetros, e passou perto do planeta a uma altitude semelhante à órbita da Estação Espacial Internacional (ISS), localizada a aproximadamente 370–460 quilômetros da órbita terrestre.
A ESA conseguiu localizá-lo na vasta escuridão do espaço em um momento em que sua localização ainda era incerta. Foram esses dados que permitiram determinar a distância e o tempo de aproximação deste corpo celeste.
Por que o asteroide chegou tão perto da Terra?
Há muitos objetos entre asteroides, cometas, estrelas e satélites que ficam vagando pelo espaço, de acordo com a órbita de cada um. Ou seja, mesmo próximo à Terra, ele apenas seguia sua própria órbita em torno do Sol.
"Não há esses objetos orbitando a Terra, eles vagam pelo espaço. O nosso cinturão de asteroides está entre os planetas Marte e Júpiter, e giram em torno do Sol", esclarece o professor Dermeval Carneiro, diretor do planetário Rubens de Azevedo, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
O asteroide representou riscos para o planeta Terra?
O 2025 TF não representou perigo, já que objetos dessa escala normalmente se desintegram ao entrar na atmosfera, produzindo bolas de fogo e chegando ao solo como meteoritos. Trata-se de um evento rotineiro e faz parte da intensa movimentação no sistema solar.
É importante destacar que não há, nos estudos científicos, previsão para asteroides gigantes que podem provocar uma catástrofe no planeta.
"Isso aconteceu muito há milhões de anos. A Terra foi bombardeada logo da formação do sistema solar por grandes gigantescos objetos, como por exemplo o que caiu na península de Yucatã no México ao que atribui-se à extinção dos dinossauros", completa Dermeval.