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Criança é atingida por kitesurfista na praia da Taíba

Em contato com O POVO Online, a mãe da garota afirmou que o kitesurfista não prestou socorro à filha dela e continuou a surfar

20:23 | 27/05/2015
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Uma menina de quatro anos foi atingida por um kitesurfista alemão na Taibinha, localizada na praia da Taíba, em São Gonçalo do Amarante, no último domingo, 27. O caso repercutiu nas redes sociais, após a mãe da criança publicar um texto de desabafo sobre o acidente. Em contato com O POVO Online, ela afirmou que o estrangeiro não prestou socorro à filha dela e continuou a surfar.

A universitária, mãe da garota atingida, preferiu não se identificar e contou que o alemão praticava o kitesurfe na área de banhista. Segundo a estudante, a filha dela estava nas "piscininhas" que formam na praia, ainda na faixa de areia. "Em um momento que ele (kitesurfista) estava bem longe de mim, julguei que estava em uma margem de segurança. Mas, ele perdeu o controle da pipa e atingiu minha filha. Imediatamente o braço da minha filha ficou vermelho e ela chorou de dor. No momento, eu estava com meu outro filho no colo", conta.

A criança sofreu escoriações e queimaduras na perna e no braço, segundo a mãe. A universitária contou que a filha está usando duas pomadas e um protetor solar para melhorar dos ferimentos.

Regulamentação

O Ministério Público Federal (MPF) estabeleceu - em fevereiro deste ano - um prazo de 90 dias para que 17 municípios cearenses adotassem medidas legais para disciplinar a prática de kitesurfe, no litoral e em lagoas do Estado. A Praia da Taíba não está entre os locais citados pelo o órgão e não possui uma regulamentação sobre a prática do esporte.
[SAIBAMAIS1]
De acordo com a universitária, a falta de regulamentação contribui para acidentes entre kitesurfistas e banhistas. "A população se incomoda com isso (a prática do kitesurfe na área de banhista) e pede ao município a colocação de placas delimitando a área onde os kitesurfistas devem ficar para que não ultrapassem a área de banhista, assim como boias indicando (a distância) dentro do mar", conta a universitária.

Devido à falta de regulamentação, a população "aprendeu" a conviver com a situação, segundo a estudante. "Isso (regulamentação) deveria ser feito, mas a gente aprendeu a conviver com o kitesurfe. Nós estamos sempre pedindo educadamente para que se afastem. Virou rotina. Precisamos conviver com isso, está ficando insuportável".

Procedimento para São Gonçalo do Amarante
O procurador da República, Alexandre Meireles, conversou com O POVO Online sobre a situação. Segundo ele, São Gonçalo do Amarante não foi indicado entre os municípios que foram instaurados no procedimento sobre a regulamentação.

Conforme o procurador, o município não foi incluso, pois o MPF não recebeu reclamações da população para fazer as cobranças devidas. Porém, Alexandre disse que pode remeter um procedimento para São Gonçalo do Amarante.

O prazo para os 17 municípios apresentarem um projeto de regulamentação da prática do kitesurfe encerra-se neste mês. De acordo com o procurador, as prefeituras devem indicar onde a prática será permitida, os dias da semana, entre outras exigências do MPF.
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