Maranguape registra dez tremores de terra nesta segunda, 4

Eventos são considerados de baixa intensidade e estão sendo monitorados pela LabSiS/UFRN, que informou que eles são provenientes de uma falha geológica ativa na região

14:53 | Mar. 04, 2024

Tremores de terra em Maranguape tiveram magnitudes de 1.0 a 1.8 na escala Richter (mR) (foto: Divulgação/LabSiS)

Dez tremores de terra foram registrados no município de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na madrugada desta segunda-feira, 4. Os eventos tiveram magnitudes de 1.0 a 1.8 na escala Richter (mR). As informações foram confirmadas pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSiS/UFRN), que monitora os eventos sísmicos no Ceará.

O Instituto informou que os tremores tiveram baixa intensidade e ainda não há informações se os moradores sentiram os eventos. O técnico do LabSis Eduardo Menezes diz que os tremores foram considerados normais. “Eles não trazem nenhum perigo porque são pequenos, mas o laboratório continua monitorando.”

Ainda segundo o técnico do LabSiS, os tremores são provenientes de uma falha geológica ativa na região. “Os recentes tremores de hoje tiveram na sua maioria intensidades baixas, o número de dez eventos mostra que é uma região ativa e que sempre há repetições de tremores. O mais forte de hoje teve sua magnitude preliminar em 1.8 mR”, informa Menezes.

Eventos foram registrado próximo a açude

Os eventos foram registrados próximo ao açude Itapebussu, conhecido como açude do “Rato”, no distrito de Manoel Guedes, em Maranguape. A barragem é monitorada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e pertence ao pertence ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). O órgão disse ao O POVO que “o proprietário do reservatório é o responsável pela sua integridade bem como a elaboração de planos de ação de emergência”. 

A Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) também foi procurada e informou que não foi acionada de forma oficial sobre os casos. A pasta disse que, diante do caso, entrou em contato com a Defesa Civil e com o escritório regional da Cogerh para tomar as medidas cabíveis.

“Reforçamos que historicamente os impactos não são significativos para comprometimento da estrutura [da barragem], porém, será feita uma vistoria no local”, disse o órgão.

Em nota, a Cogerh informa realizar "inspeções regulares de segurança duas vezes por ano nos açudes estaduais e uma vez por ano nos açudes federais (embora essa última seja responsabilidade do proprietário, no caso, o DNOCS)".

A Defesa Civil de Maranguape informou ao O POVO nesta terça-feira, 5, que a situação é estável sem danos humanos, estrutural ou ambiental. "Vamos continuar acompanhado e qualquer situação de anormalidade fazemos contato", disse o órgão em nota.

Atualizada às 14h59min da terça-feira, 5