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Comerciantes de Arneiroz debatem o problema da insegurança

Até o padre do município denunciou ter recebido ameaça de morte. Município conta com três policiais militares para 8 mil habitantes, segundo o prefeito

15:43 | 10/05/2015
Comerciantes de Arneiroz, na região dos Inhamuns, participaram de audiência na Câmara Municipal, na última sexta-feira, 8, para debater o problema da insegurança pública no município. Eles reclamam de assaltos a estabelecimentos comerciais, correspondentes bancários e residencias. 

Integraram o encontro profissionais liberais, representantes dos poderes legislativo e executivo, entidades de classes, Igreja Católica, policiais militares, estudantes, professores e trabalhadores rurais.

O vigário da igreja Matriz de Arneiroz, padre José Leandro de Almeida, disse que chegou a receber um bilhete em tom de ameaça de morte. "Escreveram que eu era protegido por Deus, mas o inferno existia que eu tomasse cuidado com aquilo que estou falando em favor da comunidade", narrou o padre. 

"Há falta de um maior efetivo policial, a nossa cadeia não dispõe de equipamentos necessários, há ausência da viatura policial, o prédio (da cadeira) necessita de uma melhoria substancial", descreveu o vigário.

A comerciante Telma Gleide Feitosa enfatiza que a delegacia não tem um telefone, fixo ou celular, para que a população entre em contato com a Polícia. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Arneiroz, Vagner Noronha, lembrou de crimes como assalto a um correspondente do Bradesco, três comércios arrombados, em apenas um mês e meio. 
  
Na avaliação do comerciante, a Polícia Militar deveria promover blitze na entrada da cidade, para tentar coibir as investidas de criminosos de outros municípios. Outro fato agravante destaca, é que, como o posto de combustível que há na cidade não passa cartões, a viatura da PM tem que ser abastecida em Tauá, distante 42 quilômetros. "Enquanto isso, a cidade fica desprovida de segurança".

O prefeito de Arneiroz, Monteiro Filho, afirmou que vai "aumentar a guarda municipal, para dar um auxílio à PM, e fazer uma cobrança ao governador Camilo Santana, pelo aumento do efetivo policial. Não é admissível que tenhamos só três policiais diário para uma população de 8 mil habitantes".

Redação O POVO Online, 
com informações de Amaury Alencar
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