Pernambuco: jovem confessa assassinato do pai para ter acesso à herança

O crime aconteceu no último dia 20, em Cabo de Santo Agostinho

21:03 | Jun. 29, 2025

Por: Gabriela Monteiro
Imagem de apoio ilustrativo. Viatura da Polícia Civil de Pernambuco (foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco)

Uma jovem de 19 anos foi presa pela Polícia Civil de Pernambuco após confessar ter encomendado a morte de seu pai para ter acesso à sua herança, estimada em R$ 2 milhões. A ocorrência aconteceu no último dia 20 de junho, na cidade do Cabo de Santo Agostinho.

O caminhoneiro de 60 anos, identificado como Ayres Botrel, foi morto enquanto dormia em sua residência, na praia de Enseada dos Corais. Amanda Chagas Botrel foi presa seis dias após o crime, na quinta-feira, 26, depois de cair em contradição em seus depoimentos. 

Conforme a Polícia informou ao portal Metrópoles, a primeira versão do depoimento da jovem trazia a informação de que seu pai fora assassinado por dois homens armados, que ordenaram que ela ficasse calada. 

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Porém, imagens de câmeras de segurança apontaram que apenas o carro da jovem entrou e saiu do local no dia do ocorrido, sem a presença de outras pessoas pelas proximidades. Com as contradições, ela confessou a autoria do crime. 

A delegada responsável pelo caso, Myrthor Freitas, disse que a jovem teria facilitada a entrada dos criminosos no local, e que a principal suspeita é que a motivação seja financeira, já que seu pai era dono de um caminhão, imóveis e outras posses que podem somar até R$ 2 milhões. Amanda já possuía um duplex em seu nome. 

Com a prisão, ela passou por audiência de custódia e foi levada para a Colônia Penal Feminina em Iputinga, Zona Oeste do Recife, onde responde por homicídio qualificado. 

A delegada disse ainda que Amanda tinha uma boa relação com os pais e morava com eles. O depoimento da mãe de Amanda disse que a filha tinha uma vida estável, cursava faculdade e não passava necessidade. Ainda assim, conforme as investigações, Amanda decidiu encomendar a morte do pai. 

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As suspeitas aumentaram porque Amanda demorou muito tempo para pedir ajuda, ligando para a mãe aproximadamente 15 minutos após os disparos. A ligação foi registrada no restaurante onde sua mãe trabalhava, e a Polícia cruzou o horário das imagens com as câmeras da rua.

O titular da 14ª Delegacia de Homicídios, Rodrigo Belo, disse que Amanda foi fria ao confessar o crime e não reagiu ao ser informada de sua prisão. Ainda conforme o delegado, o crime foi premeditado. Agora, as investigações seguem para que os executores sejam identificados, além de saber se existem outros envolvidos.