Brasileiros criticam perfis do governo indonésio após morte de Juliana

“Que as pessoas deixem de ir nesse lugar onde a vida não é respeitada”, comentou internauta em perfil oficial da República da Indonésia. Após a confirmação da morte de Juliana Marins, de 26 anos, nesta terça-feira, 24, outros brasileiros tomaram as redes sociais de autoridades do país, tecendo críticas ao resgate.

Marins escorregou durante uma trilha no Monte Rinjani e ficou presa em área vulcânica de difícil acesso. Inicialmente, imagens de drone registraram uma movimentação da turista, mas ela não resistiu e, no quarto dia de buscas, seu corpo foi localizado.

“Irresponsabilidade, descaso, incompetência e má vontade. Uma brasileira morreu e vocês não fizeram nada! Sintam muita vergonha!”, descreveu um brasileiro na última publicação feita pela autoridade indonésia, que já alcançou 14,8 mil comentários.

Em resposta à gravação da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, também compartilhada em rede social, os usuários do Brasil criticaram a demora, relacionada ao clima adverso na área, e ressaltaram que o país deveria investir na segurança dos visitantes.

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Brasileiros criticam demora no resgate de Juliana: comentários em indonésio também foram encontrados

Apesar de uma maioria brasileira, alguns perfis usaram o indonésio, língua oficial do país, para relatar a indignação com o tratamento dado à Juliana Marins. Outros ofereceram condolências, mas indicaram que o público deve “avaliar sem condenar” os esforços da agência de resgate.

“Se a vítima foi vista se mexendo, por que não foram dadas comida/bebidas via drone?”, questionou um usuário em indonésio.

No Brasil, o presidente Lula (PT) usou as redes sociais para lamentar a morte da publicitária e declarar que os serviços diplomáticos e consulares na Indonésia seguirão prestando apoio à família de Juliana. “Quero expressar a minha solidariedade à sua família – solidariedade que, tenho certeza, também é de todo o povo brasileiro. Que Deus conforte seus corações”, completa.

Até o final da publicação, o perfil do presidente Prabowo Subianto, representante da Indonésia, não foi atualizado com nota sobre o caso.