Em depoimento, ex-PM disse ter achado que João Alberto estava fingindo

Beto, como a vítima era conhecida, foi morto na noite do dia 19 de novembro após ser agredido por dois seguranças do supermercado Carrefour em Porto Alegre

09:00 | Dez. 05, 2020

João Alberto sendo atacado na filial da rede (foto: REPRODUÇÃO)

Em depoimento à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o ex-policial militar temporário Giovane Gaspar Silva, de 24 anos, disse não ter percebido que João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, estava morto e que pensou que o homem estava fingindo. 

"Constatando que João Alberto havia parado de reagir e que, ao olhar para seu rosto, estava com os olhos abertos, pensou que ele estivesse fingindo e que, a qualquer momento, poderia voltar a reagir", diz trecho do depoimento de Silva, disponibilizado pela Uol.

João Alberto, ou Beto, como era conhecido, foi agredido e morto por Gaspar e pelo segurança Magno Braz, de 30 anos. Ambos estão presos, assim como a agente de fiscalização do mercado Adriana Alves Dutra, de 51 anos.

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No depoimento, prestado semana passada por cerca de quatro horas, o ex-PM afirma que tinha medo de que Beto estivesse fingindo a morte e voltasse a reagir. Um funcionário da empresa de segurança Vector chegou a conferir os sinais vitais da vítima e afirmou que ele estava respirando. No entanto, um cliente se aproximou e constatou que o homem estava morto.

Ainda, Gaspar disse que ficou “muito nervoso” ao notar que Beto estava morto e perguntou à Adriana sobre o resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele também negou ter escutado a vítima falar que não estava conseguindo respirar, além de negar ter colocado os joelhos nas costas de Beto, apesar de registrado em vídeo.

As informações são do portal Uol.