Editoras repudiam censura a quadrinhos na Bienal do Rio nas redes sociais

As editoras afirmam que a literatura não deve ser descriminada, tão pouco os conteúdos que estão em exposição na bienal.

16:00 | Set. 06, 2019

Editoras brasileiras usaram as redes sociais nesta sexta-feira, 6, para repudiar a retirada da venda do quadrinho da Marvel Comics “Cruzada das Crianças” de todos os estandes da Bienal Internacional do Livro, que acontece na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A ordem de remover os gibis partiu do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Ele afirma que a história abordada pelo quadrinho “incentiva que crianças fizessem sexo”. Nas redes sociais, várias editoras fizeram posts onde repudiavam a recomendação do prefeito.

A bienal informou que recebeu na quinta-feira, 5, uma ordem extrajudicial que recomendava que fossem lacradas todas as edições dos quadrinhos e não de que fossem retiradas da comercialização do evento. Fiscais da prefeitura foram à bienal para realizar uma visita nos estandes com objetivo de conferir o material que estaria sendo vendido. A finalidade era em verificar a denúncia de que livros considerados impróprios para menores de idade estariam sendo comercializados.

As editoras afirmam que a literatura não deve ser descriminada, tão pouco os conteúdos que estão em exposição na bienal. "Repudiamos todo e qualquer tipo de discriminação ou censura e, como sempre, nos posicionamos à favor da liberdade de expressão e da diversidade", publicou a editora Intrínseca.

SOBRE A LEGALIDADE DA OPERAÇÃO: O pessoal da @editorarecord, juntamente com seu departamento jurídico, imprimiram um respaldo legal de liberdade de expressão e da criminalização da homofobia, pra distribuir em todos os estandes! (agradecimentos especiais pra @galerarecord) Leia: pic.twitter.com/PYVrjAwW9i

— Vá Ler um livro (@valerumlivro) 6 de setembro de 2019