"Pergunta para as vítimas dos que morreram o que elas acham", diz Bolsonaro sobre massacre no Pará

O presidente não deu qualquer informação sobre o que a União deve fazer em relação à rebelião que deixou 57 mortos

12:23 | Jul. 30, 2019

Os presos foram mortos durante confronto entre integrantes de facções no presídio (foto: Bruno Santos/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro evitou lamentar nesta terça-feira, 30, a morte de 57 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará. As mortes foram causadas por uma briga entre facções e aconteceram nesta segunda.

Questionado sobre o caso, Bolsonaro afirmou: "Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois eu falo com vocês". Ele não deu qualquer informação sobre o que o Governo Federal pretende fazer em relação ao episódio.

A maioria dos mortos no massacre foi vítima de asfixia depois de a cela onde eles estavam ter sido incendiada. Dezesseis foram decapitados. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dois agentes prisionais chegaram a ser feitos reféns e foram liberados. No início da tarde, o motim havia sido encerrado.

Massacre no Pará

O massacre de Altamira é o maior do País desde os 111 mortos no Carandiru, em São Paulo, em 1992. É o quinto episódio de chacina prisional de grandes proporções desde 2017, quando casos desse tipo passaram a ser disseminados como elemento da disputa de território nas prisões e fora delas por parte de facções criminosas.