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Ministros e ONU Mulheres repudiam ofensas sexistas a Dilma

Em nota, a ONU Mulheres emitiu que considera "ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidente, retratada em adesivos para automóveis

18:49 | 03/07/2015
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, recebe nesta sexta-feira, 3, o diretor de Relações Governamentais do site de vendas Mercado Livre, Murilo Laranjeira. Ele pediu nesta quinta-feira, 2, para falar com a ministra depois que adesivos com ofensas de cunho sexual à presidenta Dilma Rousseff foram expostos à venda no site.

Segundo Eleonora Menicucci, o material foi produzido em Recife e foram vendidas cinco unidades, cada uma custava R$ 38,90. “Eu vou ouvir, mas comunicarei a ele que do ponto de vista civil e penal ele também será responsabilizado”, disse a ministra, que fez representação ao Ministério Público Federal, à Advocacia-Geral da União e ao Ministério da Justiça pedindo investigação e punição para os responsáveis. O Mercado Livre é uma espécie de vitrine para vendedores independentes comercializarem seus produtos. Os adesivos foram retirados do site.
[SAIBAMAIS 3]
Durante a entrega da pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas, Menicucci, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, repudiaram a ofensa e disseram que a consideram uma violência de caráter machista contra todas as mulheres.

A ONU Mulheres emitiu nota de repúdio aos “ataques sexistas” a Dilma, e diz que se trata de violência política sem precedentes. A nota ressalta que “é ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidente da República, Dilma Rousseff, retratada em adesivos para automóveis, como "expressão de misoginia [ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas] e interpelação dos direitos humanos de mulheres e meninas”.

A entidade defende que nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência contra as mulheres – prática patriarcal e sexista que invalida a dignidade humana.
Agência Brasil
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