Quatro menores suspeitos de estuprar e agredir outras quatro adolescentes em Castelo do Piauí, município do Piauí que fica a 180 km de Teresina, serão ouvidos pela justiça nesta quinta-feira, 11, na capital do estado.

As jovens agredidas foram encontradas inconscientes. Uma delas morreu neste domingo, 7, e outra permanece internada em estado grave. As demais já receberam alta médica.

De acordo com o promotor de Justiça do município, Cesário Cavalcante, os menores acusados devem responder por homicídio e a três tentativas de homicídio. Isto associado à pena de feminicídio. Ainda segundo o promotor, os jovens encontram-se apreendidos e internados em Teresina.

“Eu não tenho dúvida de que eles continuarão internados. Devem permanecer pelo prazo máximo de três anos. Todo o estado do Piauí está indignado, porque foi uma selvageria”, afirmou Cesário.

Transferência

O caso, que ocorreu em Castelo do Piauí, está sendo julgado em Teresina. A transferência deu-se ao fato de que a polícia local não garantiu que os menores estariam em total segurança. No município, os jovens estavam internados no prédio da Justiça.

Segundo a polícia de Castelo do Piauí, a população local está revoltada e o prédio onde estavam os adolescentes quase foi invadido pela comunidade. "Na época, os populares atearam fogo em pneus como forma de protesto", afirma o Gerente do Interior da Polícia Civil, Williame Moraes.

Investigações
De acordo com as investigações da justiça, um homem maior de idade também é suspeito de ter participado do estupro coletivo. O adulto foi preso e está esperando o dia do seu julgamento.

Conforme o delegado, Laércio Evangelista, todos os envolvidos nas agressões são culpados. "Ficou provada a participação tanto dos adolescentes quanto do adulto", completa.

A comparação de um exame de DNA, realizado após o ocorrido, será feita com o intuito de comprovar ainda mais a participação dos agressores.

Choque

Em comunicado, a Entidade das Nações Unidas para Mulheres (ONU Mulheres), declarou que a ação chocou todo o Brasil e a América Latina.

A entidade afirma que a crueldade excedeu todos os limites. Além disso, a ONU Mulheres expressou apoio e solidariedades às vítimas e às famílias do caso.

Redação O POVO Online