Shevchenko assume federação e determina uso de detector de mentiras em árbitros na Ucrânia

O aparelho funciona avaliando mudanças no corpo, como a respiração, suor ou a pressão sanguínea

13:26 | Abr. 17, 2024

Presidente da Federação de Futebol da Ucrânia, o ex-atacante Andriy Shevchenko (foto: Reprodução/Redes Sociais)

Presidente da Federação de Futebol da Ucrânia desde janeiro deste ano, o ex-atacante ucraniano Andriy Shevchenko adotou a implementação de detector de mentiras em árbitros no país.

Em entrevista ao site The Athletic, o ex-futebolista afirmou que a medida foi escolhida para selecionar melhor os juízes. “Nós vemos o polígrafo (detector de mentiras) como uma oportunidade para obter mais informação e entender com quais árbitros nós podemos trabalhar. Estamos começando do zero", afirmou Shevchenko.

Com o uso do polígrafo, a Federação de Futebol Ucraniano visa combater a corrupção e casos de manipulação de partidas no futebol do país. Aqueles que forem reprovados no teste com o equipamento não poderão mais apitar um jogo na Ucrânia.

O jornalista ucraniano Mykola Reshniuk, do Tribuna, afirmou ao The Athletic que "os clubes subornam árbitros na Ucrânia há muitos anos".

O aparelho funciona avaliando mudanças no corpo, como a respiração, suor ou a pressão sanguínea. De acordo com essas alterações corporais, o polígrafo pode deduzir se o indivíduo está mentindo ou não.

A medida da implementação do detector de mentiras tem gerado opiniões divergentes no país. Um dos críticos é o técnico Volodymyr Sharan, que classifica o uso do equipamento como uma tentativa de controle e ironizou o método, afirmando que jogadores e treinadores também deveriam passar pelo teste.

Em 2018, um inquérito acusou 35 clubes locais de estarem envolvidos em manipulação de resultados. Ao todo, 328 pessoas participaram do esquema, com 57 casos de manipulação de jogos.