Hospital São José tem capacidade de leitos Covid 100% ocupada

De acordo com o infectologista Érico Arruda, os oito leitos disponíveis na ala Covid estão ocupados na unidade hospitalar

13:03 | Nov. 29, 2021

Infectologista afima que Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) passa por um aumento do número de casos (foto: Aurelio Alves/O POVO)

O Hospital São José (HSJ), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), voltou a registrar uma crescente no número de pacientes acometidos pela Covid-19. A afirmação foi dada pelo infectologista do hospital, Érico Arruda, em entrevista ao jornalista Jocélio Leal, na Rádio OPOVO/CBN.

De acordo com o especialista, é prudente que, no momento, não haja um relaxamento das medidas de segurança sanitárias vigentes. Para Arruda, certamente, será necessária uma nova ampliação na capacidade dos leitos oferecidos para o tratamento da doença no Estado.

"Nós tínhamos, no Hospital São José, poucos leitos ocupados; agora, nós temos os oito leitos que ficaram reservados para Covid-19 todos ocupados", destaca.

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O infectologista ainda afirma ter recebido uma outra informação, por meio de um colega, de que uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Capital também registrou um aumento do número de pessoas que buscam atendimentos com sintomas gripais. O relato do colega, segundo Érico, foi: "temos 10 pacientes com síndrome gripal agora pela manhã, às 8h, esperando atendimento".

Os indícios de um novo aumento do número de casos surgem no momento em que o mundo enfrenta o avanço da variante africana, a Ômicron. Para Arruda, a nova variante demonstra ser ainda mais transmissível que as outras.

"Há informações epidemiológicas na África, de um grande crescimento do número de casos, muito rapidamente. Ela (vem) suplantando as outras variantes muito rápido, se tornando a mais prevalente, demonstrando que ela é mais transmissível", comenta.

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De acordo com o estudioso, a falta do avanço da vacinação no continente africano, que possui apenas cerca de 6% da população total vacinada, se tornará um grande problema caso não receba a atenção necessária.

"Se todo o mundo não receber as duas doses de vacina, não adianta. Nós continuaremos com um reservatório muito grande de vírus circulando em determinada população e selecionando essas mutações", afirma Arruda, que lembra que este é um antigo alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Por fim, o especialista destaca que é muito importante que a população busque completar o seu ciclo vacinal, além de manter os cuidados sanitários, como o uso de máscaras, a higienização das mãos e que se evite aglomerações.

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