SMS: 94% dos efeitos adversos pós-vacinação são leves

Todos os sintomas são tratáveis, os mais graves, no entanto, precisam de atenção e assistência adequada

23:14 | Out. 05, 2021

O número representa os fortalezenses que receberam a primeira dose do imunizante até este sábado, 9. (foto: Fernanda Barros/ Especial Para O Povo)

No Ceará, mais de 3,8 milhões de pessoas já completaram o esquema vacinal contra a Covid-19 (duas doses de AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer ou dose única da Janssen). Até essa segunda-feira, 4, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou 998 notificações de Efeitos Adversos Pós-Vacinação (EAPV). Desses, 94% foram classificados como leves.

Dor no braço, edema, vermelhidão ou febre baixa são os sintomas leves mais comuns e tendem a desaparecer até 48 ou 72 horas após a vacinação, conforme a coordenadora de Imunização da SMS, Vanessa Soldatelli. “Isso significa que a vacina contra a Covid-19 é segura e que as pessoas devem procurar as unidades de vacinação para receber a proteção”, afirma.

Segundo a coordenadora, efeitos moderados são aqueles que persistem por mais tempo, como uma febre acima de 38 graus. Eles são tratáveis e devem desaparecer dentro de alguns dias. Já os mais graves, conhecidos como eventos sistêmicos, costumam acontecer por alergia a algum componente da vacina, causando choque anafilático, convulsão ou síncope. Eventuais casos de óbito não estão relacionados à vacinação.

Os eventos graves, no entanto, precisam de mais atenção e assistência adequada o mais rápido possível, ressaltou Vanessa. “Mesmo os efeitos adversos mais graves são tratáveis. Pessoas com reações suspeitas devem procurar uma unidade de saúde, onde o caso vai ser notificado e a vigilância epidemiológica fará a investigação e o acompanhamento do paciente”, disse.

Qualquer serviço, público ou particular, que receba o paciente com sintomas de efeitos adversos deve fazer a notificação. “Na rede municipal, as equipes de saúde estão preparadas para receber essas pessoas e fazer o acompanhamento de cada caso”, destaca.

A coordenadora explica ainda que os efeitos podem ocorrer em qualquer pessoa e que os sintomas irão depender do produto, da técnica de administração e das características individuais de cada um.

Os imunizantes contra a Covid-19 são provenientes do Governo Federal por meio do Ministério da Saúde e foram aprovados a partir dos protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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