17 homens se cadastram no grupo de gestantes e puérperas para vacinação em Minas Gerais

As pessoas vão ser intimidas e devem apresentar os documentos que comprovem o que foi informado no cadastro

12:37 | Mai. 26, 2021

O imunizante da Pfizer é o único que pode ser aplicado em menores de 18 anos no Brasil (foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Prefeitura de Divinópolis, em Minas Gerais, investiga mais de 200 casos de possíveis fraudes envolvendo a vacinação contra a Covid-19 no município, entre elas, o cadastro de 17 pessoas do sexo masculino no grupo prioritário de gestantes e puérperas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 24, durante entrevista coletiva, após a cidade abrir o cadastro para a vacinação com o imunizante da Pfizer.

De acordo com a Prefeitura, foram reunidos documentos destas possíveis fraudes e entregues ao Ministério Publico (MPMG). As pessoas vão ser intimidas e devem apresentar os documentos que comprovem o que foi informado no cadastro. Se comprovadas as irregularidades, tanto as pessoas imunizadas quanto o médico que forneceu o laudo falsificado, poderão ser responsabilizados por falsidade ideológica e uso de documento falso. A pena pode chegar a 11 anos.

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De acordo com a Prefeitura, a maioria dos cadastros com indícios de irregularidade ocorreu no grupo prioritário de pessoas com comorbidades."Percebemos que quanto mais diminuía a idade, pessoas mais novas estavam aparecendo com comorbidade. Por exemplo, pressão alta e diabetes, doenças que, geralmente, a pessoa adquire ao longo da vida", disse o procurador do município, Fernando Henrique Costa, ao MGTV primeira edição da Rede Globo. O procurador ressalta que alguns foram feitos por engano e outros por má fé.

A Prefeitura investiga também a denúncia que um hospital da cidade, que não teve o nome divulgado, teria facilitado a vacinação de parentes de membros da diretoria.