Upas de Fortaleza têm 67 pessoas na fila por leito de UTI

Pandemia avança, mas letalidade é menor se comparada ao pico registrado no ano passado: 9% ante 1,2%

11:22 | Fev. 19, 2021

FORTALEZA, CE, BRASIL, 07.12.2020: UPA do bairro Vila Velha. Movimentação nas UPAs. (Fotos: Fabio Lima/O POVO) (foto: Fabio Lima)

Atualizado em 19/02/2021 às 13h47min

As Unidades de Pronto Atendimento (Upas) de Fortaleza têm, nesta sexta-feira, 19, 67 pessoas aguardando por leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A informação é do secretário de Saúde do Estado, Dr Cabeto, e foi divulgada durante live nesta manhã. De acordo com o titular da Sesa, na primeira quinzena de fevereiro, cerca de 10 mil pessoas com suspeita buscaram por atendimento nas unidades. A quantidade é a mesma registrada em maio do ano passado, pico da pandemia no Estado.

"Há um recrudescimento da pandemia. Mas, graças a Deus, com uma letalidade muito menor. Em maio de 2020 era de 9%. Hoje é de 1,2%", disse. Por outro lado, o titular afirmou que o número de pacientes suspeitos de infecção deve dobrar nas Upas, comparado ao pico da primeira onda, e que 13% deles precisarão de atendimento. 

O secretário pontou ainda que o Ceará já está com quase 600 leitos a mais do que tinha em setembro de 2020. A expectativa é chegar no fim de março com quase 800 leitos de Terapia Intensiva. No início de abril, o governo pretende ter instalado, no total, mais mil leitos novos nos hospitais comparado ao mês de setembro do ano passado. Upas e Hospitais regionais, do Cariri, Sobral e Quixeramobim, devem receber reforços hospitalares.  

"É hora de ceder. Quanto mais privilégio você tem, maior a sua obrigação. Nós temos que ajudar os mais vulneráveis. Eu sei que é difícil. Mas pode confiar que nós estamos jogando com a maior transparência. Nós vamos fazer o maior esforço. Independente de decreto, quem dita as normas é a própria sociedade. Eu tenho certeza que a sociedade vai colocar as diferenças de lado".

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O recrudescimento da pandemia da Covid-19 no Ceará motivou medidas mais rígidas anunciadas na última quarta-feira. Além do toque de recolher entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte, serviços não essenciais tiveram o horário de funcionamento reduzidos, aulas presenciais foram suspensas, salvo a impossibilidade de ocorrerem remotamente, e espaços públicos passaram a fechar mais cedo.