Camilo diz que CE está "à disposição" para ajudar no colapso em Manaus

O anúncio público que firma um pacto de solidariedade entre Ceará e Amazonas foi feito pelo governador cearense Camilo Santana (PT) na noite desta quinta-feira, 14. Manaus está sem oxigênio nos hospitais

20:09 | Jan. 14, 2021

Manaus está enfrentando uma escassez de suprimentos de oxigênio e espaço para dormir, pois a cidade foi invadida por um segundo aumento de casos e mortes causados pela Covid-19 (foto: Michael DANTAS / AFP)

Em um gesto humanitário, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), colocou todo o Estado “à disposição” de qualquer eventual pedido feito pelas autoridades amazonenses, diante do colapso no sistema de saúde do Amazonas em decorrência do aumento de internações por Covid-19. “Este é um momento de estarmos todos cada vez mais unidos na luta para salvar vidas”, afirmou o governador

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O anúncio público que firma um pacto de solidariedade entre os estados foi feito na noite desta quinta-feira, 14, por Camilo, em seu perfil pessoal nas redes sociais. “Liguei hoje para o governador do Amazonas, Wilson Lima, colocando o Ceará à disposição para ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance diante da grave crise enfrentada em Manaus”, afirmou o gestor cearense.

Além de insumos no geral, o Ceará se colocou à disposição para enviar cilindros de oxigênio para Manaus, como forma de atenuar a grave crise gerada pela Covid-19. Diante do aumento acelerado de casos e internações, zerou o estoque de oxigênio da capital do Amazonas, fazendo com que aqueles pacientes que estão entubados, respirando com ajuda de aparelhos, não tenham garantias do futuro.

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O estado do Amazonas vive um cenário caótico no enfrentamento à pandemia de Covid-19, sendo a capital, a região com o cenário mais crítico. Nos hospitais públicos e privados de Manaus há carência de insumos para atendimento aos pacientes infectados pelo novo coronavírus, sejam graves ou moderados, tendo o Ministério Público do Amazonas anunciado o início do colapso do sistema de saúde na região.

Nos nove primeiros dias de janeiro, foram contabilizadas 1.542 internações pela doença, número que supera o total de hospitalizações registradas durante todo o mês de dezembro de 2020, quando 1.371 foram internadas com a doença. O Amazonas chegou a decretar um toque de recolher em todo o estado como forma de tentar desacelerar a transmissão da doença.