Rapper Kanye West quer comprar rede social Parler

A rede social Parler anunciou um acordo para que Kanye West compre a plataforma (que ganhou popularidade entre os conservadores ligados ao ex-presidente americano Donald Trump), uma semana depois que as contas do rapper no Twitter e Instagram foram restringidas, por publicações consideradas antissemitas.

"Em um mundo onde as visões conservadoras são consideradas controversas, devemos garantir que temos o direito de nos expressar livremente", declarou o rapper e magnata, que mudou legalmente seu nome para Ye, no comunicado da Parler. Parler disse que West, que criou sua conta na rede nesta segunda-feira, está "tomando uma postura ousada contra sua recente censura pelas Big Tech", como são conhecidas as grandes empresas de tecnologia do mundo. O valor da transação, que deve ser concluída no último trimestre de 2022, não foi divulgado.

Kanye West esteve no centro das atenções nos últimos dias, primeiro por ter vestido uma camisa com o slogan "White Lives Matter" (Vidas Brancas Importam), uma distorção do famoso "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), que simbolizou os protestos antirracistas de 2020 nos Estados Unidos; e, depois, por ter postado comentários no Instagram e Twitter considerados antissemitas.

Suas contas nessas redes sociais foram restringidas após essas postagens, que faziam referência a teorias da conspiração sobre a suposta influência da comunidade judaica. Donald Trump, banido permanentemente do Twitter por ter feito publicações incitando a violência, conversou com West sobre seu projeto de compra da Parler e ambos planejam um jantar juntos, segundo o site Politico.

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A Parler, que se define como "uma força motriz na luta contra as Big Tech, o Big Government, a censura e a cultura do cancelamento", anunciou em setembro uma reestruturação para focar nos usuários que correm o risco de serem banidos da internet.

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