Viola Davis assume produção de peça do brasileiro Nelson Rodrigues

"Beijo nos asfalto" foi publicada em 1960 e é uma das mais famosas do autor

18:34 | Ago. 09, 2019

Viola Davis foi a primeira atriz negra a ganhar um Oscar, Emmy e Tony de atuação (foto: Frazer Harrison / AFP / CP Memória)

A atriz Viola Davis confirmou em sua conta de Twitter que irá produzir adaptação da peça “O Beijo no asfalto”, do dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues. A produtora JuVee Productions, de Viola Davis com seu marido Julius Tennon, fechou parceria com empresa Wise Entertainment, que tem como um de seus fundadores Mauricio Mota, neto do escritor. As informações são do site Deadline, confirmadas pela atriz.

“Estamos muito animados com a parceira com a @ProductionsWise para trazer a peça revolucionária do dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues, “Beijo nos asfalto”, para a vida!”, escreveu em sua conta do twitter na madrugada desta sexta-feira, 9, em confirmação aos dados da notícia. Viola Davis ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2017 pelo filme “Um limite entre nós” e é conhecida também pelo protagonismo no longa "Histórias Cruzadas" e no seriado “How to get away with murder”, tendo sido a primeira mulher negra a ganhar um Oscar, Emmy e Tony de atuação.

We're so excited to partner with @ProductionsWise to bring

Brazilian playwright Nelson Rodrigues’ groundbreaking play, #TheAsphaltKiss to life! https://t.co/XuMpHOIkbs

— Viola Davis (@violadavis) August 9, 2019

De acordo com a publicação do site, a ideia é adaptar a peça para o teatro, primeiramente em Los Angeles e na Broadway de Nova York, mas que também já estão em busca de roteiristas e diretores para adaptar a peça para a televisão e para o cinema.

A peça “O beijo no asfalto”, publicada em 1960, é uma das mais famosas do escritor e conta história do personagem Arandir que, em ato de misericórdia, beija um homem que está em meio ao asfalto à beira da morte. O ato é considerado transgressor para a época e o personagem precisará lidar com os preconceitos e sensacionalismo do acontecimento na sociedade dos anos 1960, bem como a brutalidade da polícia brasileira.

Não é a primeira vez em que a obra é adaptada para outro formato. “O beijo no asfalto” já possui três adaptações cinematográficas: em 1964, sob o título “O Beijo” e com direção de Flávio Tambellini; em 1980, com direção de Bruno Barreto; e em 2017, dirigido por Murilo Benício.