Telescópio James Webb fotografa galáxia mais antiga já registrada

Registro de luz infravermelha identificou galáxia GLASS-z13, a 13,5 bilhões de anos-luz; imagem obtida pelo telescópio James Webb é a mais distante já encontrada

06:39 | Jul. 21, 2022

Galáxia GLASS-z13 é a mais distante já descoberta; luz registrada do corpo celeste foi emitida há 13,5 bilhões de anos e capturada pelo telescópio James Webb (foto: Pascal Oesch/T. Treu/GLASS-JWST/NASA/CSA/ESA/STScI)

O telescópio James Webb, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), atingiu outro marco nessa quarta-feira, 20. O observatório, que entrou em funcionamento no final de julho, registrou a galáxia mais distante já encontrada.

Chamada GLASS-z13, o conjunto de estrelas foi visto a 13,5 bilhões de anos-luz. Isso significa que a imagem capturada pelo telescópio foi emitida 300 milhões de anos após a formação do universo.

Este é o registro mais antigo de um objeto astronômico já conseguido por cientistas. A análise foi obtida junto com as primeiras imagens do James Webb, divulgadas na semana passada, mas não constava das fotos liberadas ao público.

Um dos motivos é que o artigo descrevendo as características da GLASS-z13 ainda não passou por revisão. Deste modo, ainda é necessário confirmar as observações feitas pelos cientistas. Outro grupo de pesquisa, porém, trabalhando com os mesmos dados, já chegou a conclusões similares.

A idade exata da galáxia GLASS-z13 ainda não foi determinada. Segundo os cientistas, ela pode ter se formado "a qualquer momento" nos primeiros 300 milhões de anos da existência do universo.

A imprecisão ocorre porque, pelas estimativas dos pesquisadores, a massa da GLASS-z13 é de aproximadamente um bilhão de vezes a do Sol. Segundo o astrônomo Rohan Naidu, que liderou a pesquisa, é preciso estudar mais a fundo a galáxia para entender como um conjunto de estrelas tão grande teria se formado em tão pouco tempo.

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