Anvisa autoriza que vacinas da Pfizer sejam armazenadas em geladeira comum por 31 dias

A mudança facilita a ampliação da distribuição da vacina em todo o país, permitindo que municípios que ficam até 2h30 distantes delas também poderão receber doses do imunizante

10:46 | Mai. 28, 2021

9,5 milhões de doses da Pfizer e CoronoVac estão paradas no centro de distribuição do Ministério da Sáude (foto: Agência Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira, 28,  novas condições de conservação e armazenamento para a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer/Wyeth. O novo texto de bula estende de 5 para 31 dias o tempo para que a vacina seja mantida em temperatura controlada de geladeiras comum em postos de saúde, entre 2 graus Celsius (ºC) a 8ºC.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. A mudança facilita a ampliação da distribuição da vacina em todo o país, já que além das capitais dos estados, outros municípios que ficam até 2h30 distantes delas também poderão receber doses do imunizante. Nesses casos, devem ser consideradas as particularidades que envolvem o armazenamento da vacina durante o transporte. 

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Segundo a Anvisa, para aprovar as novas condições a Agência avaliou os estudos de estabilidade apresentados pelo laboratório desenvolvedor da vacina, que servem para definir por quanto tempo e em quais condições a vacina mantém suas características sem alteração.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou a chegada de mais 2,3 milhões de doses da vacina da Pfizer nos primeiros dias de junho. A expectativa é que no próximo mês sejam importadas 12 milhões de vacinas da farmacêutica. O governo federal tem dois contratos assinados com a Pfizer que totalizam a importação de 200 milhões de vacinas até o fim deste ano.