Mortes em decorrência da poluição cresceram 14% em dez anos no País, aponta estudo

O número de mortos por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) passou de 38.782 em 2006 para 44.228 em 2016

21:46 | Jun. 06, 2019

A exposição ao O3 (Ozônio) em todo o país, com destaque para os grandes centros urbanos está relacionada ao aumento de mortes devido à poluição. (foto: Mauri Melo/O POVO)>

As mortes em consequência da poluição atmosférica cresceram 14% em dez anos no Brasil. Conforme o estudo Saúde Brasil 2018, divulgado ontem, 5, pelo Ministério da Saúde, que utiliza dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número de falecidos por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) subiu de 38.782 em 2006 para 44.228 em 2016.

Além disso, a quantidade de mortes evitáveis por doenças causadas pela poluição aumentou, assim como a exposição ao O3 (ozônio) em todo o País, com destaque para os grandes centros urbanos e estados castigados por queimadas.

Segundo o estudo, as doenças isquêmicas do coração atribuídas à poluição do ar foram responsáveis pelo maior numero de mortes, mesmo tendo uma diminuição no índice de mortes, tanto em homens (180,9 óbitos por 100 mil habitantes, em 2006, para 141,3 em 2016) quanto em mulheres (111 óbitos por 100 mil habitantes, em 2006, para 84,4 em 2016).

Em seguida aparecem as doenças cerebrovasculares, com taxas que declinaram de 112,7 por 100 mil habitantes, em 2006, para 80,7 em 2016, nos homens. Já em mulheres, foi de 70,6 a 51,2, no mesmo período.

Já os casos registrados em mulheres com câncer de pulmão, traqueia e brônquios (37,6%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (18,9%) foram maiores que nos homens (11,4%).