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Saiba mais sobre a Epidermólise bolhosa

A doença é motivo de polêmica nos últimos dias depois do caso ocorrido
com neto da coreógrafa Deborah Colker, em Salvador

11:03 | 23/08/2013

A doença de nome um tanto quanto estranho, epidermólise bolhosa, é de origem congênita do tecido conjuntivo, e causa bolhas e erosões na pele, em consequência de traumas leves. A doença não é contagiosa e tem causa genética.

Antonio Rangel, enfermeiro estomaterapeuta especializado no tratamento de feridas e funcionário da empresa farmacêutica Membracel, explica que a pele possui duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. “Em pessoas com pele saudável, existem âncoras de proteína entre essas duas camadas que impedem que elas se movimentem independentemente uma da outra. Já em quem tem epidermólise bolhosa essas duas camadas não possuem essas âncoras, o que faz com que a pele fique extremamente frágil. Com isso, até uma leve fricção é capaz de separar as camadas e formar bolhas e feridas dolorosas”.

A doença não apresenta sintomas até o primeiro ano de idade, logo quando são registrados os traumas iniciais. Antonio Rangel ainda fala que a causa da doença é desconhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma anomalia na fixação da epiderme na derme. “A infância é um período difícil, pois é quando os pacientes podem desenvolver complicações nas bolhas por infecção”, revela.

Como ainda não tem cura, a prevenção de traumas e a escolha por melhores tratamentos é o principal caminho para amenizar os sintomas da epidermólise bolhosa.

Entenda o caso


O neto da coreógrafa Deborah Colker foi barrado em um vôo saindo de Salvador, na última Segunda-feira, 19. A coreógrafa chegou ainda a apresentar atestados médicos para provar que o neto sofre de doença congênita, que não é transmissível por contato ou proximidade. Porém, os tripulantes não se convenceram e acionaram a Polícia Federal do aeroporto para retirar o garoto do avião.

Redação O POVO Online

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