Chapa da direita em 2026 pode ter Tarcísio para presidente com Michelle vice

A informação circula entre membros do primeiro-escalão do governo paulista e parlamentares de direita. Pelo menos dois interlocutores de Tarcísio confirmaram a informação

15:35 | Jun. 23, 2025

Por: Com Agência Estado
Lula, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (foto: FCO FONTENELE (O POVO)/Richard Lourenço/Rede Câmara SP/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é hoje o mais cotado para ser candidato a presidente da República com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-chefe do Executivo sinalizou que está disposto a apoiar o ex-ministro da Infraestrutura do governo dele como candidato a presidente na eleição de 2026 em uma chapa que teria como vice a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

A informação circula entre membros do primeiro-escalão do governo paulista e parlamentares de direita. Pelo menos dois interlocutores de Tarcísio confirmaram a informação.

Pesquisa Genial/Quaest publicada na semana passada aponta que Tarcísio e Michelle empatam dentro da margem de erro com Lula em um eventual segundo turno da eleição presidencial. O atual presidente leva vantagem de dez pontos porcentuais contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Outros pré-candidatos prometem indulto a Bolsonaro

Para atrair a base bolsonarista, pré-candidatos a presidente pelo campo da direita apostam em uma promessa em comum: um indulto ao ex-chefe do Executivo. Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já se comprometeram publicamente com a medida.

O apoio a um indulto do ex-presidente é tratado como um dos requisitos para que a família Bolsonaro apoie publicamente um dos nomes da direita para o Planalto no ano que vem. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que o candidato do bolsonarismo terá que ser alguém "que tenha o comprometimento" com a pauta.

"Vai ter que ser alguém na Presidência que tenha o comprometimento, não sei de que forma, de que isso (o indulto) seja cumprido", afirmou o senador.

Em março deste ano, Tarcísio questionou o motivo de a Justiça brasileira tornar o ex-presidente inelegível: "Qual razão para afastar Jair Messias Bolsonaro das urnas? É medo de perder eleição, porque sabem que vão perder?".

Tarcísio também falou da anistia de presos e condenados pelo 8 de Janeiro: "A gente está aqui para pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas (...) Quero ver quem vai ter coragem de se opor (ao projeto da anistia)", afirmou o chefe do Poder Executivo paulista.