CPI do MEC já tem assinaturas para ser instalada, diz Randolfe

A criação do colegiado visa averiguar eventuais irregularidades na destinação de verbas do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

10:13 | Abr. 08, 2022

Senador Randolfe Rodrigues (foto: Waldemir BarretoAg Senado)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi às redes sociais na manhã desta sexta-feira, 8, informar que já conseguiu o mínimo de assinaturas necessárias para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito do Ministério da Educação (MEC). O regimento aponta ser necessário que, no mínimo, um terço da Casa (27 senadores) assinem requerimento para instalar uma CPI.

"Acabei de receber a comunicação do querido e combativo senador Veneziano Vital de que assinará a CPI do Bolsolão do MEC com isso temos o mínimo constitucional para pedir a instalação (da comissão)", escreveu Randolfe que na última quinta-feira, 7, disse que faltavam apenas duas assinaturas de senadores para alcançar a marca.

Veneziano, último a assinar, também destacou o pedido de Randolfe. “Com nossa assinatura, foi alcançado o número regimental para a instalação. Sempre fui um defensor de investigações, em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora”, escreveu o parlamentar.

Acabamos de assinar o requerimento para a instalação da #CPIdoMEC. Com nossa assinatura, foi alcançado o número regimental para a instalação. Sempre fui um defensor de investigações, em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora. https://t.co/VE0JIH208F

— Senador Veneziano (@venezianovital) April 8, 2022

A criação do colegiado foi justificada para averiguar eventuais irregularidades na destinação de “verbas públicas do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”. O pedido ocorre na esteira de caso em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro teria priorizado a destinação de verbas para prefeituras ligadas a amigos de pastores evangélicos.

Em áudio vazado, Ribeiro diz ainda que a prática ocorreu após um pedido do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL). Em contrapartida, os pastores teriam cobrado propina dos gestores em dinheiro e até em ouro. Apesar de ter as assinaturas necessárias, a CPI precisa passar pelo crivo do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) antes de ser aberta.