Programa de Doria inclui privatização de Banco do Brasil e Petrobras

Sobre a Petrobras, o governador paulista sugeriu o fatiamento, a venda de ativos e a criação de um fundo regulador que balize o preço do combustível

17:57 | Jan. 12, 2022

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O candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, pretende apresentar um programa ultraliberal na disputa presidencial de 2022, com a privatização do Banco do Brasil e a venda por partes de ativos da Petrobras. A informação dada em nota enviada ao jornal Estado de S. Paulo pelos economistas Henrique Meirelles, Ana Carla Abrão, Zeina Latif e a advogada Vanessa Rahal Canado.

“Nossa visão é que não há necessidade de termos duas instituições financeiras públicas e que há margem para termos ganhos de eficiência preservando as diversas atividades desempenhadas pelos dois bancos, mas com uma estrutura mais eficiente”, disse o governador tucano. 

Em entrevista à Bandeirantes, Doria disse que “o Banco do Brasil será privatizado”. Na visão do pré-candidato, a Caixa, que hoje é responsável pelo financiamento habitacional e por programas sociais, pode, por exemplo, acumular funções que são do BB, como o “crédito rural”. “A Caixa Econômica Federal pode cumprir o papel institucional para a área de habitação, para o agronegócio, para o empréstimo para o micro e pequeno empreendedor”, disse o tucano.

Sobre a Petrobras, o governador sugeriu o fatiamento, a venda de ativos e a criação de um fundo regulador que balize o preço do combustível. “Haverá uma modelagem bem feita e profunda para garantir que a Petrobras possa cumprir um novo papel em sua história nas mãos da economia privada. Ela não terá o mesmo tamanho que tem hoje. Será fatiada.

Depois, o presidenciável completou: "As empresas que vencerem o leilão terão que mensalmente aportar recursos a um fundo de compensação que será um colchão a cada vez que tivermos aumentos mais expressivos no barril de petróleo no plano internacional”.