Servidores dizem que agenda de protestos está mantida e que governo não manifestou intenção de negociar

Servidores federais têm ameaçado paralisação geral desde que o Orçamento de 2022 foi aprovado. Uma greve, segundo categorias, pode ser anunciada a qualquer momento

12:41 | Jan. 07, 2022

Por: Redação O POVO
O presidente Jair Bolsonaro participa da solenidade de assinatura dos decretos do Auxílio Gás e do Programa Alimenta Brasil, no Palácio do Planalto (foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, disse que o calendário de mobilizações dos servidores federais que protestam contra aumento exclusivo para carreiras de segurança está mantido. Segundo Marques, a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) não sinalizou intenção de negociar. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.

Ato público está previsto para o próximo dia 18, próximo ao Banco Central e ao Ministério da Economia. Servidores da Receita Federal, do Banco Central e auditores fiscais do Trabalho já entregaram centenas de cargos de chefia como forma de protesto contra a previsão do governo de reajuste salarial apenas para agentes de segurança.

Servidores federais têm ameaçado paralisação geral desde que o Orçamento de 2022 foi aprovado. A greve, segundo eles, pode ser anunciada a qualquer momento. Sindicatos federais também têm prometido organizar manifestações para aumentar a pressão contra a decisão do presidente Bolsonaro.

No Orçamento aprovado para este ano, está previsto que R$ 1,7 bilhão seja destinado para reajustes nas carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O Ministério da Economia disse que o aumento para essas categorias se deve a uma decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL).