Suplicy se encontra com Alckmin e diz ver com "bons olhos" que ex-tucano seja o vice de Lula em 2022
Apesar de apoiar a ideia, Suplicy também lembrou críticas às gestões do ex-tucano no governo paulista. "Ele é uma pessoa de bom senso, mas cometeu erros também"
14:07 | Dez. 27, 2021
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-senador da República, encontrou-se com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) no último domingo, 26, para apresentar sua proposta de renda básica de cidadania, e se disse favorável a uma eventual união entre Alckmin e o ex-presidente Lula (PT) na composição de uma chapa presidencial em 2022.
“Tomei um café hoje com Alckmin, a convite de Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já! (Fórum pela Democracia). No encontro de duas horas, relatei o Projeto de Renda Básica de Cidadania e encontramos afinidades na busca por mais igualdade e na luta pela erradicação da pobreza”, escreveu Suplicy em seu perfil no Twitter.
Tomei um café hoje com @geraldoalckmin , a convite de Fernando Guimarães, Coordenador do @direitosjaforum. No encontro de duas horas, relatei o Projeto de Renda Básica de Cidadania e encontramos afinidades na busca por mais igualdade e na luta pela erradicação da pobreza. pic.twitter.com/CHcWjPdpRk
"São muitos os fatores a serem considerados, mas eu vejo com bons olhos que ele possa, sim, ser o candidato a vice do presidente Lula. Acho que ele, de alguma forma, pode ampliar o quadro de apoio ao presidente Lula", disse o vereador em entrevista ao Estadão.
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No entanto, Suplicy também lembrou críticas às gestões do ex-tucano no governo paulista. “Ele é uma pessoa de bom senso. Cometeu erros, também. Nós fomos muito críticos, especialmente na violência policial contra os professores. Mas avalio que ele pode dar uma contribuição e ter um diálogo muito construtivo e positivo com o presidente Lula”, concluiu.
Um dos fundadores do PSDB, Alckmin fez parte do grupo que protagonizou rivalidade histórica com o PT no Brasil desde a redemocratização. Ele anunciou a saída da sigla no último dia 15 de dezembro. Por sua popularidade em São Paulo e por ter uma boa imagem no mercado financeiro, Alckmin tem sido alvo de vários partidos em busca de sua filiação, como Solidariedade, PSD e PSB.
Em caso de aliança com petistas, o PSB é a sigla mais provável para Alckmin. No entanto, os socialistas têm condicionado a intensificação do trabalho pela filiação ao apoio de petistas em disputas estaduais em locais como São Paulo e Rio de Janeiro.