Generais ficam de fora do grupo de coordenação de campanha de Bolsonaro para 2022, diz revista
Luiz Eduardo Ramos teria oferecido serviços para ajudar o grupo liderado pelo senador Flávio Bolsonaro e que conta com nomes do Centrão como Ciro Nogueira (PP)
13:58 | Dez. 26, 2021
Generais com gabinete no Palácio do Planalto não fazem parte, até então, dos planos para compor a coordenação de campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é da revista Veja, que diz que o grupo liderado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente, conta com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL) e o deputado Marcos Pereira (Republicanos).
Os nomes supracitados compõem quadros de partidos do chamado Centrão; grupo com o qual Bolsonaro tenta costurar aliança para a disputa eleitoral de 2022. A revista diz ainda que, dentre os generais que despacham como ministros, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, teria se oferecido para ajudar.
Já o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) ainda não procurou os membros da coordenação para dialogar. Em 2018, durante convenção do PSL que oficializou Bolsonaro como candidato, Heleno cantava: “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”. A música era uma paródia que trocava a palavra “ladrão”, que consta na letra original da música Reunião de Bacanas, por centrão.
Naquele contexto, Heleno disse que queriam reunir todos aqueles que precisam escapar das barras da lei num só núcleo, e que daí “criou-se o centrão”. “O centrão é a materialização da impunidade", afirmou à época em que o então candidato Bolsonaro pregava ser uma alternativa à velha política do toma lá dá cá. Já no poder, fez tudo o que condenava em campanha.