Camilo prepara minirreforma e avisa: quem for disputar mandatos, precisa deixar governo até o fim do mês

A ideia seria dar mais tempo aos substitutos para se aprofundarem em ações e programas das secretarias e evitar a descontinuidade de projetos

14:37 | Dez. 01, 2021

Governador Camilo Santana (PT) disse que decisão sobre concorrer ao Senado será tomada apenas em 2022 (foto: FABIO LIMA)

O governador Camilo Santana (PT) informou, em uma circular, que os secretários de governo e os dirigentes de órgãos vinculados que pretendam disputar mandatos nas eleições gerais de 2022, devem se desincompatibilizar até o fim deste ano. A ação possibilitaria uma minirreforma na equipe do Palácio da Abolição já em janeiro de 2022. A informação foi confirmada ao O POVO pela Casa Civil.

De acordo com a regra eleitoral, a desincompatibilização deve ocorrer até seis meses antes das eleições, ou seja, até abril do ano que vem. A ideia da antecipação, segundo o governo, seria dar mais tempo aos substitutos para se aprofundarem em ações e programas das secretarias e evitar a descontinuidade de projetos em andamento. 

Com a determinação, nomes como Zezinho Albuquerque (Cidades); Artur Bruno (Meio Ambiente); Inácio Arruda (Ciência, Tecnologia e Educação Superior); Lia Gomes (secretária executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da SPS) e Francisco de Assis (Desenvolvimento Agrário) cotados para a disputa eleitoral, podem anunciar a saída da gestão ainda em dezembro.

Outra possível consequência da determinação do governo é que o deputado federal Mauro Filho (PDT), com passagens pela Secretaria de Planejamento e Gestão e atualmente licenciado do órgão, pode não voltar a assumir a Seplag na gestão Camilo.

O próprio governador, cotado para disputar vaga no Senado em 2022, tem que desincompatibilizar até abril próximo, caso queira entrar disputa pelo Legislativo Federal.

Com informações do repórter Henrique Araújo.