Na AL, Dra Silvana defende barrar festa de réveillon devido à pandemia

Parlamentar argumentou que o dinheiro público não deve ser utilizado para realização de festas durante a pandemia de Covid-19; ela também se posiciona contra o Carnaval 2022

04:05 | Nov. 12, 2021

Dra Silvana faz parte de grupo que defendeu abertura de igrejas no Ceará durante pico da pandemia de Covid-19 (foto: IANA SOARES)

A deputada estadual Silvana Oliveira (PL), conhecida como doutora Silvana, reforçou, nesta quinta-feira, 11, o grupo dos parlamentares que estão contra a realização do Carnaval no próximo ano. Durante a fala em sessão, Silvana adicionou ainda que é contra o uso de dinheiro público para a festa pública de reveillón.

“Eu abraço completamente não ter Carnaval e, inclusive, abraço completamente que não seja gasto dinheiro no reveillón e que não tenha festa pública. Nós vamos fazer dentro das nossas igrejas, tudo direitinho, do jeito que sempre fizemos”, disse a parlamentar na Casa. “No meio de uma pandemia, você pagar cantor, cantora e banda para vir cantar aqui com dinheiro que poderia ser gasto salvando vidas, mandando dinheiro para os interiores”, adicionou Silvana.

A fala ocorreu durante discussão sobre o projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique (PP), no início do mês de novembro. O texto, subscrito por Silvana e Delegado Cavalcante (PTB), ambos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sugere o veto ao Carnaval no Ceará.

Além disso, a medida busca barrar “quaisquer festas, como blocos carnavalescos ou eventos de pré-carnaval, em ambientes abertos ou fechados, promovidos por iniciativa pública ou particular, no período em que seria celebrado o Carnaval”.

O motivo apontado é “a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”. Como justificativa para a suspensão do calendário, eles alegam que “os hospitais entraram em colapso” e que “o controle da pandemia escapou ao alcance dos serviços de saúde”.

Ao O POVO, Silvana reiterou o posicionamento que adiciona à festa de ano novo na lista de eventos possíveis de serem vetados.

“Eu não concordo com a festa em plena pandemia. Isso é abuso do dinheiro público e coloca o povo em risco desnecessário. Estamos falando de festa que atrai multidão para a praia, pessoas comendo e bebendo ao ar livre e se aglomerando em multidão. Se eu não concordo com o carnaval, por que eu concordaria com uma festa ainda mais próxima?”, adicionou.

Em coluna do O POVO, Henrique Araújo lembra que parte dos autores da proposta defendeu publicamente a reabertura integral de igrejas quando os números da Covid ainda eram preocupantes no Ceará.

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