Proibidos pela Justiça de ocupar rodovias, caminhoneiros em greve seguem sem bloquear estradas
As lideranças da categoria afirmam que devem manter a paralisação nas margens das rodovias, após a Justiça proibir bloqueio das estradas.
15:52 | Nov. 05, 2021
A greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira, dia 1º, em protesto contra a alta de preços do óleo diesel, está sendo mantida pelos líderes da categoria, mas segue sem poder bloquear rodovias. O motivo do impedimento foram 29 liminares expedidas pela Justiça proibindo a ocupação das estradas em pelo menos 20 estados do país.
De acordo com Plínio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), apesar da proibição de bloqueios, as paralisações devem ser mantidas até que o governo apresente “respostas às demandas das categorias”, afirmou em entrevista ao jornal Estadão.
O líder da categoria também reforçou que a adesão aos protestos “está boa” e “dentro do esperado em vários Estados.” Segundo Dias, “há poucos caminhões rodando nas rodovias". A adesão, no entanto, é somente dos caminhoneiros autônomos, já que empresas de frete e celetistas não aderiram ao protesto.
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Em relação às liminares que proíbem os caminhoneiros de ocupar rodovias, ficou decidido que a categoria não poderia bloquear estradas nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins.
Os caminhoneiros ainda tentaram recorrer da decisão, mas a liminar foi recusada. As multas para quem desobedecer a ordem judicial podem chegar a R$ 1 milhão por pessoa jurídica que apoiar a paralisação das estradas. A previsão é que a greve dure em torno de 15 dias.